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Arquitectura.pt


Reportagem sobre casas excêntricas


Susana Lúcio

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João estás a ser demasiado duro perante uma revista generalista e perante uma jornalista que a bem ou a mal teve que fazer um trabalho. Trabalho, que hoje em dia depende mais de valores económicos do que valores arquitectónicos ou críticos de arquitectura. Se algumas das revistas da "especialidade" se regem pelos mesmos valores (económicos) porque é que uma revista generalista não o havida de fazer ?

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Não digo que a jornalista deveria estudar arquitectura para escrever um artigo baseado em arquitectura, mas no mínimo deveria ser capaz de se informar a ela própria para poder informar quem irá ler o seu artigo. Mas a minha questão não é saber ou não falar de arquitectura. a minha questão é o próprio tema de trabalho!

Qual é o interesse de falar sobre casas excêntricas? Haverá pertinência da capa de uma revista generalista ser sobre "casas excêntricas"? Se o comum cidadão quiser ver coisas excêntricas sempre pode comprar a revista maria ou a caras ou outra qualquer que se dedique à divulgação dos excentrismos e dos egocentrismos da "novela" da vida real. Veria muito mais interesse se a capa da revista tivesse como tema "Casas de referência" ou mesmo os "Paradigmas da Habitação" em Portugal! Mas está claro que isto não ia vender...porque andamos aqui a alimentar a ideia de que uma boa casa só o é com os "bons" acessórios. Nós podemos viver num barraco, mas se tivermos todo o tipo de objectos topo de gama no seu interior e se formos excêntricos ao ponto de estarmos gritar continuamente para que olhem para nós, então aí vivemos numa "casa excêntrica". Mas uma casa que foi pensada para uma família, com as condicionantes dos contextos, dos sujeitos, etc, essa casa cujos espaços estão tão bem adaptados à realidade que nos passam despercebidos, essa não merece ser assunto de reportagem. Essa não é "excêntrica", no entanto essa sim é será aquela na qual nos os seus habitantes irão verdadeiramente usufruir do seu espaço de habitar. Essa sim trará algo de novo que as "casas excêntricas", mesmo com todos os acessórios e extras não trazem. Não vem nos catálogos, é pena...

Mas isso não dá tema de revista. Porque mesmo que o povo não seja burro, os media (entre outros) tratam de o tornar o mais burro possível, tão ignorantes quanto possível, para que esse povo não seja capaz sequer de pensar que haverá outra realidade para além daquela que lhe é impingida. E disso os jornalistas sabem bem qual é o seu papel.. A (des)informação continua a ser um dos maior problemas da sociedade actual. E este tipo de artigos, por mais simples que sejam, são eles que com o tempo e a persistência transformam as mentalidades.

Mais ainda... Enquanto Arquitecto, tenho a obrigação de estar interessado em saber que tipo de informação é passada pelos meios comuns sobre a Arquitectura. Com artigos sobre "casas excêntricas", entre outros, a Arquitectura continua a ser considerada como um capricho de elites, como um simples acessório, como um decor que adjectiva uma simples casa de "excêntrica".



Boas

Concordo em todos os pontos. Sabemos que a informação passada nos media é essencialmente dispensada para as massas.
Não se pode criticar esse facto, pode-se criticar sim a sociedade que vivemos, ao nível dos valores, reponsabilidade, ética, etc. Bem.. por aqui teríamos muito por onde divagar..

Cumprimentos
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João estás a ser demasiado duro perante uma revista generalista e perante uma jornalista que a bem ou a mal teve que fazer um trabalho.

Trabalho, que hoje em dia depende mais de valores económicos do que valores arquitectónicos ou críticos de arquitectura.

Se algumas das revistas da "especialidade" se regem pelos mesmos valores (económicos) porque é que uma revista generalista não o havida de fazer ?


Eu sei que estou a ser duro, a ideia é essa! ;)
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Boas

Permitam-me dois comentários relativamente ao que foi escrito nos últimos post´s.

O primeiro refere-se ao facto do não agradecimento por parte da jornalista neste tópico. Concordo completamente com a crítica, quando, segundo dizem, usou algumas casas apontadas aqui.

O segundo comentário reporta-se às críticas efectuadas em torno das casas ou da escolha das mesmas. Parece-me que o trabalho da jornalista não era sobre arquitectura, e muito menos sobre a excelência da arquitectura. O trabalho incidia sobre casas excêntricas, por esse motivo passo a transcrever o significado da palavra excêntrico:

adj.,
fig.,
original;
esquisito;
extravagante;
caprichos

Calculo que, pelas críticas aqui feitas, foi precisamente por aí que incidiu o trabalho. Não me parece justa a crítica feita ao trabalho, só porque a jornalista não estudou o tema arquitectura. Podem não gostar do género de imprensa escrita mas daí a criticar o profissionalismo de um profissional não me parece justo.

Cumprimentos



Acho muito justo, quando se escreve para as "massas" deve-se fazer o trabalho de casa com qualidade o que não foi o caso!;)
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Acho muito justo, quando se escreve para as "massas" deve-se fazer o trabalho de casa com qualidade o que não foi o caso!;)


Boas

Eu não posso defender a qualidade (ou falta dela) do artigo porque não o li, mas se o colega o leu poderá apontar aqui onde esteve a falta de qualidade. Isso é importante para aferir da falta de qualidade da jornalista ou então da falta de entendimento de quem leu o artigo.

Cumprimentos
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Bem parece que temos um defensor da Sr. Susana ou será a mesma com outro "nome"???

Proponho ao LLUN que lia atentamente o comentário do asimplmind, porque não me vou repetir!


Boas

Relativamente ao primeiro comentário, não sou defensor de ninguém. Simplesmente não me parecem justas as críticas feitas ao trabalho da senhora porque o trabalho não foi sobre arquitectura. Quanto á suspeição de eu ser a "Susana", por delicadeza prefiro nem comentar.

Respondendo à sua proposta de leitura, já li o post do membro asimplmind assim como todos os outros post´s deste tópico. Agora proponho-lhe que argumente as críticas que deixou sem se refugiar no que disse outro membro. Se bem entendo das palavras do asimplmind percebe-se literalmente que o "problema" é o tema e a escolha do mesmo por determinada revista. É precisamente por aí que se pode criticar, não pelo profissionalismo da jornalista. É a minha sincera opinião.

Cumprimentos
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Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses
Os jornalistas portugueses regem-se por um Código Deontológico que aprovaram em 4 de Maio de 1993, numa consulta que abrangeu todos os profissionais detentores de Carteira Profissional. O texto do projecto havia sido preliminarmente discutido e aprovado em Assembleia Geral realizada em 22 de Março de 1993.
1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.


2.O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.

3.O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.

4.O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.


5.O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas. O jornalista deve também recusar actos que violentem a sua consciência.


6.O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.

7.O jornalista deve salvaguardar a presunção da inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor.

8.O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade ou sexo.

9.O jornalista deve respeitar a privacidade dos cidadãos excepto quando estiver em causa o interesse público ou a conduta do indivíduo contradiga, manifestamente, valores e princípios que publicamente defende. O jornalista obriga-se, antes de recolher declarações e imagens, a atender às condições de serenidade, liberdade e responsabilidade das pessoas envolvidas.


10.O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesses.

Considero este ponto (6) muito importante porque pedir ajuda para escrever um artigo e não agradecer considero falta de educação! Pode nem mencionar na peça jornalistica mas deveria te-lo feito aqui no tópico que ela iniciou! Este tipo de comportamento é aceitável infelizmente pela população portuguesa e pelos vistos o sr LLUN não foge à regra porque pelos vistos nem se apercebeu que ser jornalista não é o mesmo que ser padeiro! ;)
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O mundo é ingrato, e os jornalistas não fogem à regra!
Dei uma vista de olhos na revista e o artigo é muito básico e serve apenas para os leitores do "fast reading"!
Mauu,:p mauuu, muito mauuu!;)


Boas

Este seu post´s revela bem o sentido da crítica que fez. Não era mais fácil escrever directamente que se sentia agastado com o facto da jornalista não ter mencionado as fontes?? Era completamente diferente de criticar o trabalho em si.

Quanto ao facto do não agradecimento, estou completamente de acordo. Penso que era uma questão de consideração e agradecimento fazê-lo neste tópico e porventura na revista. Com alguma atenção já teria visto o meu comentário relativamente a isso.


O primeiro refere-se ao facto do não agradecimento por parte da jornalista neste tópico. Concordo completamente com a crítica, quando, segundo dizem, usou algumas casas apontadas aqui.

Este tipo de comportamento é aceitável infelizmente pela população portuguesa e pelos vistos o sr LLUN não foge à regra porque pelos vistos nem se apercebeu que ser jornalista não é o mesmo que ser padeiro!


Não consigo perceber porque não consegue escrever um post sem um "espicaçar" pessoal. É assim tão complicado argumentar sem optar por esse caminho? Enfim, as atitudes ficam para quem as pratica.

Cumprimentos
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Acho muito justo, quando se escreve para as "massas" deve-se fazer o trabalho de casa com qualidade o que não foi o caso!;)


se queriam um artigo com qualidade para arquitectos é comprar uma revista de arquitectura e nao a revista sabado! a jornalista apenas escreveu e deu exemplo de casas excentricas e nao sobre casas excentricas com boa arquitectura!
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epa infelizmente o consumidor comum nao esta interessado nas casas que nos consideramos fantasticas e vcs bem o sabem, quantas vezes vcs mostraram aos amigos as casas que consideramos exemplo de boa arquitectura e que nos fascinam, e eles nao entenderam o fascinio e perguntaram o k tem a casa de especial.......casa fascinante para os arquitectos, é diferente de casa fascinante para o comum mortal, mas entendo o k a susana lucio quer e aqui dou alguma sugestoes de casas que todos os arquitectos conhecem ( e metade admira) e que possa encher o olho aos consumidores casa malaparte -----arq Adalberto Libera falling water ---------arq Frank Wright Casa Farnsworth----arq Mies van der Rohe

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epa infelizmente o consumidor comum nao esta interessado nas casas que nos consideramos fantasticas e vcs bem o sabem, quantas vezes vcs mostraram aos amigos as casas que consideramos exemplo de boa arquitectura e que nos fascinam, e eles nao entenderam o fascinio e perguntaram o k tem a casa de especial.......casa fascinante para os arquitectos, é diferente de casa fascinante para o comum mortal, mas entendo o k a susana lucio quer e aqui dou alguma sugestoes de casas que todos os arquitectos conhecem ( e metade admira) e que possa encher o olho aos consumidores


casa malaparte -----arq Adalberto Libera
falling water ---------arq Frank Wright
Casa Farnsworth----arq Mies van der Rohe


o problema está aí! e nisso este artigo não contribuiu em nada para cultivar a população...
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Jotas, se leres o artigo publicado, percebes o que aconteceu. Segundo a jornalista, confirma-se aquilo que já à muito ia sendo dito por , aíque a casa foi desenhada para um familiar da família Siza, com um filho deficiente... ao que parece, simplesmente cansou-se de tantos degraus...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Jotas, se leres o artigo publicado, percebes o que aconteceu.
Segundo a jornalista, confirma-se aquilo que já à muito ia sendo dito por , aíque a casa foi desenhada para um familiar da família Siza, com um filho deficiente... ao que parece, simplesmente cansou-se de tantos degraus...


Pelo que me apercebi no programa Arquitectarte esta casa é uma casa de fim-de-semana.
Logo, não penso que tenha sido esse o motivo principal porque à partida já se sabia dos degraus.

Querem casas verdadeiramente excêntricas ?

» http://ocasapezi.wordpress.com/

;)
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RL, sim, a casa é de férias. Segundo a autora do artigo, quando o Alvaro Leite Siza foi ao local, "desaconcelhou" o proprietário por o terreno ser tão inclinado, mas este insistiu. Depois dos primeiros desenhos, o arquitecto teve acesso ao levantamento topográfico e voltou tudo à estaca zero por o terreno ser ainda mais inclinado, com cerca de 45º. Foi então que surgiu a ideia das caixas ligadas pelas escadarias e citando o dono de obra, "nem me apercebi que tinha tantas escadas". Depois fala paralisia cerebral do filho e da incapacidade deste de andar, referindo que as férias neste local se tornaram muito cansativas... passado um ano da conclusão, foi colocada à venda...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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