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Porto | Grande Hotel | Roberto Cremascoli e Marta Rodrigues


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Grande Hotel faz obras para restituir esplendor em 2010
2008-08-07
MANUEL VITORINO

http-~~-//images.hotel-rates.com/hotels/EVT_2292-exter-1.jpg

Já tem mais brilho a fachada vitoriana do Grande Hotel do Porto. Quase 130 anos de história, foi aposento de Aquilino Ribeiro, Fernando Namora e Unamuno. Por entre as paredes com fotos de Alvão tenta-se restituir o esplendor de outros tempos.

Foi inaugurado "com todo o fausto e luxo" em Março de 1880. Tinha 40 quartos, cinco suites e salões nobres. Por cá, a monarquia reinava e só em 1910 ouviram-se louvores à República. Do outro lado do Atlântico, os tiros de canhão soaram mais cedo e mal a realeza fez as malas procurou refúgio no Grande Hotel do Porto, à Rua de Santa Catarina. Por pouco tempo, já que, quatro dias depois da chegada, a imperatriz faleceu e o rei partiu desgostoso para Paris, após comprar a cama do quarto 16.

Crónicas à parte, 128 anos depois, a história é outra. Como o hotel cresceu ao longo dos tempos - actualmente, tem cerca de uma centena de quartos -, os proprietários decidiram fazer obras de remodelação da unidade hoteleira sem colocar em risco a traça arquitectónica, muito menos o espírito do lugar. "Queremos modernizar sem descaracterizar", traduz Diana Tavares, assistente da direcção do histórico hotel, o mais antigo em funcionamento na Invicta.

Sem pressas, antes de forma faseada, as obras começaram pela limpeza da fachada do edifício - o que implicou outra iluminação e sinalética identificativa -, pintaram-se os bonitos portões e a pala de ferro e vidro (cujos elementos marcam uma época e um tempo da arquitectura portuense), reabilitaram-se alguns espaços comuns e quartos, procedeu-se à alteração das águas furtadas em apartamentos e suite. Para este ano, prevê-se, entre outras empreitadas, alterações ao nível do terraço para ginásio e pavilhão de festas.

"O projecto visa dar uma leitura mais uniforme ao hotel, já que, ao longo de vários anos, o edifício sofreu várias alterações. O hotel tinha perdido identidade, carácter", reconheceu, ao JN, o arquitecto brasileiro Edison Okumura, co-autor do projecto de reabilitação em conjunto com os arquitectos Roberto Cremascoli e Marta Rodrigues.

Como o objectivo central é abrir janelas entre a tradição e a modernidade, Edison Okumura acredita que, caso seja respeitado o cronograma das obras e não surjam imprevistos, as obras possam terminar daqui a dois anos. "É um cenário possível. Estamos a intervir num hotel com gente dentro. Estamos convencidos que, em 2010, todos os espaços estejam prontos".

O valor da empreitada custará cerca de 800 mil euros. Tudo para manter o perfume e o requinte de um hotel emblemático da cidade, local predilecto da realeza brasileira, mas também de gente ilustre das letras e das artes, como o jornalista Fernando Assis Pacheco, a pianista Maria João Pires e o maestro António Vitorino de Almeida.

in http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=975965

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Sim senhor um brasileiro, um italiano e uma portuga a reabilitarem o mais antigo Hotel do Porto! Espero que não fique uma miscelania tipo comida de fusão em vez de comida tradicional! antes que me tirem reputação!!!!!! É Ironia, ironia, não sou xenófobo!!!!

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Sim senhor um brasileiro, um italiano e uma portuga a reabilitarem o mais antigo Hotel do Porto! Espero que não fique uma miscelania tipo comida de fusão em vez de comida tradicional!

antes que me tirem reputação!!!!!! É Ironia, ironia, não sou xenófobo!!!!


Pois claro é ironia, mas eu como italiano que sou (logo à cabeça: mafioso, camorrista, apreciador de pizza, pasta e bandolim...) lembrei-me logo, ao ler a notícia: "vais ver que alguém palerma vem cá questionar a nacionalidade dos três colegas...", e pumba!, foi logo no primeiro cometário....
Deveria ter jogado na lotaria, esta semana.
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A questão não é essa Clive Sinclair, mas sim que tipo de intervenção e que conceito se pretende para um hotel que tem história na cidade do porto. Qual a razão da escolha destes arquitectos? Estas sim são as questões importantes e não a sua nacionalidade! Não conheço o projecto! Mas deve-se sempre discutir um projecto que “mexe” com determinado património da cidade. Em Itália estas questões são sempre levantadas quando determinados edifícios com história. Portanto a minha ironia vai no sentido que se fosse em Itália se calhar não era possível um projecto de alteração sem discussão após a apresentação das alterações!
Ciao !
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clive, desculpa lá os portugueses. é defeito de formação, a vossa ditadura foi melhor que a nossa e em mais de 30 anos ainda não conseguimos afastar este tipo de mentalidades, nem nos jovens...nem nos jovens arquitectos, normalmente, cultos, informados, viajados, cívicos... quanto aos outros, esse grupo de arquitectos, sediado no porto, faz arquitectura portuguesa, e depois, acho que nós, jovens arquitectos, como ou não temos trabalho ou temos um futuro incerto, e talvez negativo, estamos muito preocupados com os concursos públicos e parece que não admitimos que alguém, um investidor privado, se lembre de chamar uns tipos que gosta para lhe fazerem um projecto. acho que não é nenhum problema...é?

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Tudo bem, não há crise; mas mesmo assim o teu argumento não me convence: a sensibilidade perante o monumento nada tem a ver com a origem do arquitecto. O Siza há anos fez um projecto genial (mais um) para uma das salas do Castello Sforzesco de Milão para reposicionar a "Pietá" do Michelangelo, que só não foi para a frente por motivos de politiquices. O mesmo Siza, em conjunto com o Roberto Cremascoli (no papel de local architect) foi recentemente incumbido para elaborar o masterplan para o eixo da avenida do Sempione, sempre em Milão, e, acredita, ninguém questionou a escolha de um velho arquitecto português em detrimento de um tubarão qualquer lá da terra... Vamos ver o projecto de reabilitação deste hotel e, aí sim, poderemos discutir com mais fundamento.

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não sei se chamar arquitectos de outras nacionalidades a intervir será talvez preconceito? penso eu... obviamente que um arquitecto nacional conhece melhor a arquitectura do local etc. mas supostamente qem vem intervir deve sempre estudar a "história" do local antes de começar seqer, neste caso, a reabilitar... não?

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A Casa Fernando Pessoa e o Museu de Arte Contemporanea do Chiado foram desenvolvidos por arquitectos de fora. Uma italiana e um ingles respectivamente. Por vezes quem vem de fora tem uma filosofia e metodos diferentes de encarar a reabilitacao arquitectonica em relacao aos portugueses.

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