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Aqui gostava de realizar um confronto de opiniões quanto às intervenções feitas no patrimonio português e suas classificações, deixo a minha opinião. Quanto às intervenções feitas nos edificios ja classificados como patrimonio, penso que a propria classificação muitas vezes só traz condicionantes ao trabalho que se está a realizar, muitas vezes questões burucráticas ligadas á legislação existente e aos planos de gestão desse patrimonio por parte do IPPAR, sendo que está um plano em vigor a mais de 10 anos quando o seu periodo de durabilidade são precisamente esses 10 anos e ainda está por aprovar o novo. Ora perante isto ou não se classificam os edificios para nao existir entraves quanto á sua reabilitação, ou se classificam e muitas vezes acabam por ruir pois as condicionantes saõ tantas que os proprietarios não têm condições de intervir, ou realmente trate-se de um monumento e seria um escandalo deixar ruir um edificio com essa classificação, mas mesmo assim ao nivel practico penso que existe muita incompetencia por parte de quem manda realizar estas intervenções. Se não ora vejamos, a politica existente no IPPAR quanto a reabilitação de uma parede em blocos de pedra, por exemplo, é de realizar uma limpeza e remoção de juntas podres numa dada percentagem, ora se se arranja, por exemplo, 20% das juntas verticas e 20% das horizontais o que vai acontecer às restantes? Acabaram por sofrer infiltrações arrasando por completo o trabalho que foi feito nos 20% em que se mexeu... isto é ridiculo... não acham? cumprimentos

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Ele há temas q têem o condão de m pôr um bocado desorientada. Este do património e critérios de intervenção é um deles. Primeiro porque o sistema existente é absurdo e deparo-me com algumas questões inultrapassaveis. Eis algumas(quem souber q avance esclarecimentos, sff): 1º)Porque foi extinta a figura legal que (supostamente) deveria fundamentar a intervenção em património e monumentos nacionais e que aliás figura no 163/2006 como entidade reguladora? refiro-me à Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. 2º)O que fizeram aos os técnicos, arquitectos e não só, que andaram a fazer formação(especialização) ao longo dos anos de existencia deste organismo na área do património (para exactamente poderem dizer, e de preferência fazer, da sua justiça sobre a questão colocada neste tópico, e todas as outras relacionadas com metodologias de intervenção em património)? A política do IPPAR é questionavel. A classificação dos edifícios é questionavel. As tecnicas são questionaveis. O desbaratar de recursos humanos e saber na área do património e reabilitação do património também é questionavel. Resta saber se alguém sabe qual a política de intervenção em património ou tem capacidade para resolver o assunto:x.

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  • 2 weeks later...

Caros, Qualquer intervenção é questionável, o que não é questionável é questionar sem pensar na questão. A grande maioria do património classificado não está afecto ao IPPAR e a clasificação é por vezes a única maneira de fazer com que este património em mãos de privados, não seja violado e que qualquer intervenção realizada seja supervisionada. Por tanta gente pessar como o "Aaliz" é que o nosso património não está melhor, é uma mais valia ser proprietário de um imóvel classificado na maioria dos paises europeis, mas cá as pessoas acham que é uma chatice. Existem regalias fiscais, beneficios e fundos comunitários, acompanhamento técnico por parte dos institutos e entidades camarárias e mesmo assim é chato. Temos o nosso património a ser delapidado diariamente por causa da ignorância tanto de proprietários como dos agentes técnicos, e aqueles que procuram criar algum rigor e critério são criticados sem fundamento. Tanto o IPPAR como a DGEMN foram ambos extintos, e com todo o sentido pois a fronteira era ténue entre eles, dando origem ao IGESPAR, IP e às Regionais de Cultura (ex-Direcções Regionais), formados por técnicos de ambos or organismos extintos. A dúvida que fica é se o nosso património deverá ser gerido pelo Ministério da Cultura ou das Obras Públicas ou outro qualquer. Na minha opinião é o Ministério da Cultura que deve gerir, porque, por exemplo, em reabilitação de património estamos também a falar do património integrado (todo o património que integra o monumento, como pintura decorativa, escultura, azulejaria etc.) e este tipo de património exige outro tipo de intervenção, intervenção esta que geralmente é acompanhada por técnicos especializados de preferência fazendo parte da equipa, situação que acontece no Ministério da Cultura.

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caro gdionisio: como é que o conteúdo da minha mensagem indica esse pensar responsavel por o nosso património não estar melhor? se exactamente me insurgi pelo desbaratar de recursos humanos q impedem a melhoria desse mesmo património? recursos publicos e privados, no caso referi a extinção de organismos q tem congeneres naquela que refere como sendo a europa evoluida onde o património é considerado uma mais-valia e realmente mais valia q aqui se fizesse o mesmo e não se extinguissem organismos uns meses depois de na lei os considerarem essenciais para a gestão da qualidade da arquitectura... como também valia a pena sugirir-lhe uma leitura mais atenta e ponderada do meu comentário e se mesmo assim quiser continuar a responsabilizar-me pelo estado do património devido ao meu pensamento, que em verdade não me parece muito diferente do seu (o q poderá verificar com calma) posso apenas dizer em minha defesa que as últimas preposições se destinam apenas a chamar a atenção para o facto de no nosso país tudo ser questionavel, inclusive a lei e pelos próprios q a legislam. e isto não é uma forma de pensar, é uma constatação. agradeço desde já os esclarecimentos sobre: "Tanto o IPPAR como a DGEMN foram ambos extintos, e com todo o sentido pois a fronteira era ténue entre eles, dando origem ao IGESPAR, IP e às Regionais de Cultura (ex-Direcções Regionais), formados por técnicos de ambos or organismos extintos." esperemos q nestes organismos deixem os tecnicos trabalharem pela defesa do património.

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Caro “Aaliz“

Quando refere que o “sistema existente é absurdo” fico em total desacordo, existem vários sistemas de gestão do património em prática na Europa, o “adoptado” em Portugal não é perfeito, tal como qualquer sistema, mas acredito que estamos a caminhar para um melhoramento dos instrumentos de gestão. Como deverá saber, neste nível de discussão o poder político sobrepõe-se ao valor dos pareceres técnicos, pelo que por vezes as decisões finais não são as melhores decisões técnicas. Isto acontece na mais pequena câmara municipal.

Quando refere “extinguissem organismos uns meses depois de na lei os considerarem essenciais para a gestão da qualidade da arquitectura” a lei das acessibilidades refere a DGEMN como sendo a entidade pública com a lei orgânica enquadrada para exercer variadas competências à data da publicação, logo, o legislador não poderia referir outra entidade inexistente. Contudo com a extinção da DGEMN no enquadramento do PRACE, é referida a distribuição de competências pelos diversos organismos (IGESPAR, IHRU, etc).


“A política do IPPAR é questionavel.
A classificação dos edifícios é questionavel.
As tecnicas são questionaveis.
O desbaratar de recursos humanos e saber na área do património e reabilitação do património também é questionavel.
Resta saber se alguém sabe qual a política de intervenção em património ou tem capacidade para resolver o assunto.”


1. A política é questionável, não tem de ser do IPPAR ou de outro instituto público qualquer;
2. Se não fosse a classificação dos edifícios não restava muito, por vezes é necessário recorrer à figura legal de “em vias de classificação” para travar a especulação imobiliária e salvar o pouco património que sobra.
3. Gostava que me explicasse o que sabe sobre as técnicas de conservação, como sabe, o IPPAR e a DGEMN têm várias publicações periódicas referentes a intervenções e filosofias de intervenção realizadas em diversos tipos de património. Quando refere que as técnicas são questionáveis não diz nada.
4. Há falta de técnicos e fundos económicos para o trabalho que tem de ser feito, pelo que não há nenhum desbaratar de recursos mas sim deficiência de meios. Estamos a falar de pessoas com experiência profissional que poucos de nós teremos oportunidade de alcançar nos dias de hoje.

Intervenções no património implicam disciplina, saber e mais que tudo modéstia.
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  • 5 months later...

Tens muita informação sobre processos de classificação no site do igespar (ex ippar) em ippar.pt, que remete para a legislação sobre património, podes também investigar as diversas cartas e convenções internacionais tanto online ou na livraria do igespar no palácio da ajuda. Podes também pedir informações tanto nos gabinetes técnicos locais como na divisão de salvaguarda da regional de cultura da zona.

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  • 3 weeks later...

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