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Gondomar | Multiusos | Alvaro Siza Vieira


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Ah! Então sempre existem pátios interiores... E existe todo aquele rasgo no eixo do edifício que parte da elipse.

De facto pela maqueta compreende-se melhor o edifício e o autismo para com o exterior é mais compreensível devido à existência dos pátios interiores.

No entanto quanto ao controlo do número de vãos devido ao programa da proposta, embora compreenda perfeitamente a lógica (o multiusos vive mais do controlo da luz artificial), devo dizer que no corpo elíptico, como parece pela foto da construção(http://arkitectos.blogspot.com/2007/...g-post_28.html), existe um duplo emparedamento que dá lugar a um corredor a todo o contorno do espaço multiusos propriamente dito, logo poder-se-ia usar esse segundo paramento como cortina para proteger o multiusos da luz natural e mesmo assim dar pormenor à fachada.

Por exemplo, quanto àquelas entradas em semi-arco, que eu penso serem algo inconsequentes no edifício, se abrissem vãos em arco nessa parede exterior do corredor elíptico, criaria uma ambiência de coliseu romano no volume elíptico ao mesmo tempo que justificava a forma em semi-arco das entradas, permitia uma transparência onde se verificava a existência dessa segunda parede interior que servia de cortina impedindo a luz de entrar no multiusos e possibilitaria a existência dessa arcada como espaço de estar e relação com o exterior. (não tive oportunidade de fazer o tal esquisso, penso que talvez dê para perceber de qualquer modo)

É pela escolha da não execução deste tipo de pormenorização de espaços e fachadas na relação com o exterior que eu considero este projecto mais pobre do que eu esperaria do Álvaro, mas sem querer colocá-lo num patamar de má arquitectura. Apenas acho que comparando, como um todo, com outras obras dele, esta me parece menor.

Mas mais uma vez friso que a existência dos pátios interiores mitiga um pouco desse carecimento de relação com o exterior, embora não totalmente.

Sem dúvida que a apresentação da fotografia da maqueta me fez apreciar mais o projecto. (obrigado lmorgado)

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Por exemplo, quanto àquelas entradas em semi-arco, que eu penso serem algo inconsequentes no edifício, se abrissem vãos em arco nessa parede exterior do corredor elíptico, criaria uma ambiência de coliseu romano no volume elíptico ao mesmo tempo que justificava a forma em semi-arco das entradas, permitia uma transparência onde se verificava a existência dessa segunda parede interior que servia de cortina impedindo a luz de entrar no multiusos e possibilitaria a existência dessa arcada como espaço de estar e relação com o exterior. (não tive oportunidade de fazer o tal esquisso, penso que talvez dê para perceber de qualquer modo)


Pois exactamente! Poderia ser algo bastante interessante a ser explorado nesta situação. No entanto não sei se seria possível. Não sei qual o propósito do duplo emparedamento, mas penso que será para servir como contraforte para segurar toda a estrutura. Por esse aspecto penso que todo esse elemento se tornou massivo.

Outra coisa que estava a discutir hoje com uns amigos era a formalização da pala. Acho esse elemento interessante da forma como se solta do edifício, mas penso que poderia ter sido desenhado de uma forma mais interessante. Aquilo que o Siza fez no pavilhão de portugal, ao transformar o elemento pala numa construção completamente autónoma, permite criar uma imagem única de um objecto quando na realidade são dois, ao mesmo tempo em que dessa forma é possivel desenvolver todo um desenho de suporte da pala bastante interessante. Penso que essa atitude também poderia ter sido usada neste projecto, em vez de termos a pala encastrada no edifício (vendo-se um pequeno elemento de ligação, mas que na realidade é toda a parede até ao chao) esta poderia assumir-se autonomamente e destacar-se ,tal como a do pavilhao de portugal, do edifício adjacente. É uma ideia, poderia ser interessante. É um pouco estranha a forma como a pala se liga ao edifício, torna-se frágil a nível de desenho
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Outra coisa que estava a discutir hoje com uns amigos era a formalização da pala. Acho esse elemento interessante da forma como se solta do edifício, mas penso que poderia ter sido desenhado de uma forma mais interessante. Aquilo que o Siza fez no pavilhão de portugal, ao transformar o elemento pala numa construção completamente autónoma, permite criar uma imagem única de um objecto quando na realidade são dois, ao mesmo tempo em que dessa forma é possivel desenvolver todo um desenho de suporte da pala bastante interessante. Penso que essa atitude também poderia ter sido usada neste projecto, em vez de termos a pala encastrada no edifício (vendo-se um pequeno elemento de ligação, mas que na realidade é toda a parede até ao chao) esta poderia assumir-se autonomamente e destacar-se ,tal como a do pavilhao de portugal, do edifício adjacente. É uma ideia, poderia ser interessante. É um pouco estranha a forma como a pala se liga ao edifício, torna-se frágil a nível de desenho


Gostava de comentar, mas a verdade é que acabo por me perder no discurso e não entendo o teu ponto de vista. Podias explicitar melhor?
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Acho que asimplemind queria dizer que a pála é um corpo relativamente estranho na composição formal da obra e que sendo assim deveria ter assumido uma postura de mais força e autonomia. Aqui vai uma planta para confirmar as suspeitas do the_architect: Podemos ver o duplo emparedamento que é uma zona de espaços servidores. Aliás este projecto parece-me ter ressonâncias de Louis Kahn, não só estilísticas (principalmente das obras da Índia e do Bangladesh) mas também conceptuais (a relação clara espaços servidos/servidores).

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Não, se leste o resto dos meus posts neste tópico verias que na verdade até ataquei mais o edifício que o defendi. Logo não é por ser do Álvaro que é bom. Apenas queria dizer com esse post que se não tivessem referido o nome do arquitecto eu nunca pensaria que fosse dele. Por outro lado, e a um nível mais abstracto, sem dúvida que o arquitecto é necessário para a apreciação a uma obra. Se o projecto for contra as tuas ideias mas estiver de acordo com a teorização arquitectónica do criador, será legítimo criticar o projecto tendo em conta apenas o ponto de vista do analisador? Eu não acho, acho que a diferença entre um projecto poder ser considerado bom ou não pode de facto residir no projectista. Logo, de facto, um projecto poderia ser considerado pior, por não ser do Álvaro, se fosse por exemplo do Rem, ou vice-versa, já que o primado arquitectural de cada um é praticamente o oposto em relação ao outro. Um (o Álvaro) equaciona o sítio como base do projecto e limitador e potenciador de todo o gesto projectual. O outro (o Rem) pensa o sítio apenas como bandeja para colocar a peça por ele criada. Será que é possível analisar as obras de um e outro sem ter em conta a relação que cada um faz com o sítio? Assim, para responder de certo modo à tua pergunta, não acho mal nenhum que se ache um projecto "feio", como tu disseste, ou "giro", que pressuponho eu que seja o oposto ao teu termo, consoante o arquitecto.

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Aproveito para deixar o link para o recente artigo do "Palavras da Arquitectura" sobre este edifício:

Pavilhão Multiusos - Álvaro Siza Vieira



Imagem colocada


"A partir da recente inauguração do novo pavilhão multiusos de Gondomar e após uma breve visita ao edifício, aproveito para estabelecer um paralelo entre as duas obras recentes de conteúdo desportivo do arquitecto Álvaro Siza: o Parc Esportiu Llobregat e o Pavilhão Multiusos de Gondomar.

(...)

"Desvendam-se falhas de rigor, falta de acompanhamento, falta de orçamento, algo incomum em Siza e que nos faz pensar até que ponto poderá a concretização da obra dignificar ou danificar o desenho? Teria vontade de ver este edifício executado com o rigor do anterior. Mas, de certo modo, mesmo assim esta obra demonstra uma vontade crítica. Parte de um gesto e desenha-se para o concretizar. Encerra-se do exterior voltando-se para si, para os seus acontecimentos. Quer parecer-se estranha (e é), fazendo-nos querer entrar. Não será tudo isto também arquitectura?"

Imagem colocadaImagem colocadaImagem colocada

artigo completo em: http://palavras-arquitectura.com

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Assim, para responder de certo modo à tua pergunta, não acho mal nenhum que se ache um projecto "feio", como tu disseste, ou "giro", que pressuponho eu que seja o oposto ao teu termo, consoante o arquitecto.


Nem por isso. O conceito Feio nao eh o oposto de giro mas sim o oposto de Belo. E quem o diz eh um conceituado Teorico de arquitectura, Manfredo Tafuri.

Mas compreendo essa atitude em relacao ao feio ser o oposto de giro. No momento em que o Eduardo Souto de Moura afirma que eh preciso coragem para fazer arquitectura feia negando a Beleza na arquitectura aceito claramente a tua resposta. Hoje em dia nao existe a origatoriedade fazer arquitectura bela porque simplesmente a beleza deixou de existir... como afirma ESM a boa arquitectura ja eh por si Bela, sustentavel e ecologica...

Eh como as pessoas. Nao ha pessoas feias. Sao todas belas, no interior, sao belas. Mas ha pessoas feias, malvadas, asquerosas, feias por dentro, tal como existe ma arquitectura. Portanto o conceito venustas eh completamente irrisorio... no futuro eh quase pejorativo considerar uma obra de arquitectura de bela.

Nao compreendia esta nova apoteose do feio ate ler a entrevista do ESM ao El Pais.
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  • 11 months later...
Multiusos para todos os gostos

hugo silva


Peças infantis, concertos, campeonatos de futsal, um festival erótico, feiras industriais, jantares de empresas - o pavilhão desenhado por Siza Vieira para Gondomar faz jus ao seu nome: Multiusos. Faz hoje um ano e tem direito a festa.

Manuel Marques, presidente da empresa municipal responsável pela gestão do equipamento, não esconde o contentamento: "Temos os fins-de-semana todos preenchidos, à excepção do de 1 de Novembro". O receio de ver o enorme pavilhão transformado num "elefante branco", sem qualquer utilidade, desvaneceu-se neste primeiro ano, garantiu, ao JN, Manuel Marques. Até agora, já passaram pelo Multiusos 150 mil pessoas. A ambição é chegar às 250 mil até Setembro, quando a empresa municipal, baptizada de Coração de Ouro, fizer um ano.

"Não há muitos equipamentos na região com esta capacidade. Temos tido uma grande variedade de eventos. É essa a nossa aposta, queremos chegar a todos os públicos", assinalou Manuel Marques, reconhecendo que uma estrutura da dimensão do Multiusos enche, com eventos significativos, aos fins-de-semana.

Durante a semana, a estratégia passa pelo aluguer a empresas das muitas salas existentes no complexo. Há acções de formação, jantares, workshops e reuniões, entre outras iniciativas. Aliás, para organizações de maior dimensão, mas sem gente suficiente para encher a nave principal - "é preciso ter cerca de 10 mil pessoas" - existe um salão com capacidade para cerca de 700 pessoas. É ali que vai decorrer a festa de aniversário, às 21.30 horas de hoje, com um concerto da Orquestra do Norte.

Uma das principais apostas dos gestores do pavilhão para o futuro passa pela organização de festivais temáticos, fins-de-semana dedicados a determinado país - está em preparação um sobre a China para Setembro. Para o próximo mês estão já agendados um festival de tuning, uma festa da cerveja, uma exposição de carros antigos, uma feira de emprego e formação profissional. Para Setembro, além do festival sobre a China, está já assegurada a Expo Mamã e Bebé.

Como é preciso apostar na antecipação, o Multiusos de Gondomar também já garantiu pelo menos mais duas edições (2009 e 2010) de um dos eventos que mais gente atraiu ao equipamento - o festival erótico Eros. No próximo ano, a feira realiza-se em Fevereiro.

Link:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=962400

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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  • 2 months later...
Derrocada no Pavilhão Multiusos de Gondomar faz três feridos

A derrocada de parte do revestimento em tijolo da fachada do Pavilhão Multiusos de Gondomar, inaugurado há cerca de um ano, fez três feridos, dois dos quais em estado grave. O acidente ocorreu cerca das 12.15 horas.

Os trabalhadores do consórcio construtor do equipamento procediam à reparação do revestimento, a pedido da empresa municipal gestora do pavilhão, quando parte dos tijolos caiu, projectando o andaime onde se encontravam três funcionários. Um dos operários ficou soterrado pelos tijolos e pelos andaimes, tendo sido resgatado com a ajuda dos bombeiros voluntários de Gondomar e de Valbom.

Os três sinistrados foram transportados para o Hospital de S. João, no Porto.

Fonte: JN

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Tenho uma imagem da derrocada.

http-~~-//jn.sapo.pt/Storage/ng1042883.jpg


Derrocada no Multiusos de Gondomar
Gondomar. Deficiência em pavilhão projectado por Siza Vieira
Revestimento cedeu arrastando andaime onde estavam os operários

A derrocada de parte do revestimento do pavilhão Multiusos de Gondomar e consequente queda de um andaime provocou ontem, pelas 12.15, dois feridos graves e um ligeiro. Os três trabalhadores caíram de uma altura de 20 metros e tiveram de ser desencarcerados. Aparentemente, quando os trabalhadores já estariam a meio da parede, a restante caiu e fez com que toda a estrutura metálica onde estavam a trabalhar fosse arrastada pela parede. Felizmente que isso aconteceu, que eles foram projectados, e não tiveram um acidente muito mais grave.

Resgatados e estabilizados no local pelas equipas médicas, foram transportados para o Hospital de S. João, no Porto, mas o seu estado é considerado estável. Um técnico de estruturas irá agora avaliar as causas do acidente.

O pavilhão projectado pelo arquitecto Siza Vieira foi inaugurado a Junho de 2007 e muito precocemente foi detectada uma deficiência do revestimento naquela parcela do edifício - essa entrada está há três meses encerrada e com um perímetro de segurança. O consórcio construtor tinha iniciado na segunda-feira os trabalhos de remoção do capeamento exterior em tijolo burro e, ontem, quando o mesmo se desprendeu, aconteceu a derrocada. Manuel Marques, administrador da empresa municipal que gere o pavilhão, disse ao DN que o edifício continua a funcionar normalmente, mantendo-se a programação do multiusos. "Não afecta em nada a segurança do edifício, a estrutura é sólida", garantiu.

No local estiveram três equipas médicas do INEM, os bombeiros de Gondomar e Valbom com cinco viaturas e 24 homens, informou o comandante operacional municipal, José Fernando Alves: "Felizmente não estava mais ninguém no local, senão teríamos mais vítimas", congratulou-se o responsável da Protecção Civil.

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedreiras, Cerâmica e Materiais de Construção responsabilizou a autarquia pelo acidente por ter rejeitado, em Dezembro de 2007, um protocolo sobre segurança nos locais de trabalho proposto por esta estrutura.

in http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=719734

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Sou só eu ou não será insuficiente o tipo de fixação mecânica usado na amarração da parede de tijolo? Vejo ali à volta de 5 metros de fachada sem um único apoio que sustente a parede de tijolo... Se há alguém a responsabilizar será quem estava mais interessado em acabar esta obra em prazos ridículos.

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Era bom que alguem da area do Porto fosse lah fazer uma pequena reportagem. Tirar umas fotos de como funciona em pormenor a fixacao da parede de tijolo. Entretanto tambem era interessante que houvesse pormenores construtivos para averiguar algumas duvidas levantadas pelo asimplemind.

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Sou só eu ou não será insuficiente o tipo de fixação mecânica usado na amarração da parede de tijolo? Vejo ali à volta de 5 metros de fachada sem um único apoio que sustente a parede de tijolo...

Se há alguém a responsabilizar será quem estava mais interessado em acabar esta obra em prazos ridículos.


Reforço ainda, e o arquitecto do atelier do Siza que ficou com a execução da obra o que anda a fazer, e a fiscalização, isto é uma obra publica paga por todos, não é só o empreiteiro que tem a culpa, é claramente um erro de projecto, as paredes de tijolo maciças normalmente tem de x e x metros quadrados de ter uma amarração como refere o asimplemind, "cadê amarração"???????:)
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http-~~-//dn.sapo.pt/2008/10/01/941196.jpg

Derrocada no Multiusos provocou três feridos
JOANA DE BELÉM
Gondomar. Deficiência em pavilhão projectado por Siza Vieira
Revestimento cedeu arrastando andaime onde estavam os operários
A derrocada de parte do revestimento do pavilhão Multiusos de Gondomar e consequente queda de um andaime provocou ontem, pelas 12.15, dois feridos graves e um ligeiro. Os três trabalhadores caíram de uma altura de 20 metros e tiveram de ser desencarcerados. Resgatados e estabilizados no local pelas equipas médicas, foram transportados para o Hospital de S. João, no Porto, mas o seu estado é considerado estável. Um técnico de estruturas irá agora avaliar as causas do acidente.
O pavilhão projectado pelo arquitecto Siza Vieira foi inaugurado a Junho de 2007 e muito precocemente foi detectada uma deficiência do revestimento naquela parcela do edifício - essa entrada está há três meses encerrada e com um perímetro de segurança. O consórcio construtor tinha iniciado na segunda-feira os trabalhos de remoção do capeamento exterior em tijolo burro e, ontem, quando o mesmo se desprendeu, aconteceu a derrocada. Manuel Marques, administrador da empresa municipal que gere o pavilhão, disse ao DN que o edifício continua a funcionar normalmente, mantendo-se a programação do multiusos. "Não afecta em nada a segurança do edifício, a estrutura é sólida", garantiu.
No local estiveram três equipas médicas do INEM, os bombeiros de Gondomar e Valbom com cinco viaturas e 24 homens, informou o comandante operacional municipal, José Fernando Alves: "Felizmente não estava mais ninguém no local, senão teríamos mais vítimas", congratulou-se o responsável da Protecção Civil.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedreiras, Cerâmica e Materiais de Construção responsabilizou a autarquia pelo acidente por ter rejeitado, em Dezembro de 2007, um protocolo sobre segurança nos locais de trabalho proposto por esta estrutura.


in http://dn.sapo.pt/2008/10/01/cidades/derrocada_multiusos_provocou_tres_fe.html

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pela experiência que tenha das duas uma. ou o arquitecto coordena o projecto ou faz o projecto(cria). no caso do Siza a decisão parece-me acertada, ele cria, claro... não sei como funciona o atelier de álvaro Siza, mas creio que para bem do país o Siza devia ter mais cuidado a contratar pessoal, já não é a primeira vez que acontece uma coisa destas, claro que nunca houve vítimas, mas em certas obras parece que os edifícios dão problemas demasiado cedo, rachas, fissuras, degradação do material. ele só desenha o espaço, claro está e ainda bem, creio que delega as funções menos importantes, o que outros não fazem...mas mestre, tem cuidado na escolha dos coordenadores de obra, nos tempos do Madureira istonão acontecia.

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eu acho que as duas vertentes sao indissociaveis, um arquitecto nao deve nem so de criar nem so de coordenar, inclusivamente acho que isso faz mal as pessoas e a arquitectura. que exista num atelier pessoal com uma vertente mais tecnica, tudo bem (na verdade ha ateliers que so fazem isso mesmo), mas ter gente exclusivamente a projectar espaco, acho muito mal. de resto nao e a primeira vez que vejo o mal que se constroi em Tijolo de "burro" em Portugal, nao existe tradicao, e a maioria dos arquitectos parece nao compreender que e o reboco o que permite a uma parede sustentar-se sem o apoio de pilares, ou suportes metalicos. ora como niguem usa o tijolo de Burro para rebocar (ate porque nem precisamos de tanta massa termica) este tera de ser "amarrado" sensivelmente de 50 em 50 cm no horizontal e de 100 em 100 na vertical, ainda para mais porque estamos numa situacao geografica sismica o que origina grandes deslocacoes de terreno, tornando o uso do "brick" nao muito aconselhavel.

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  • 2 months later...

Meus Deus, Como se diz tanto não dizendo nada...e ainda por cima não conhecendo o projecto sequer. Isto mais parece um forum de Arquitecura tipo Maria. Meus senhores um pouco de bom senso, é apenas disso que a arquitectura necessita por vezes. Foram escritas aqui frase graves para quem, suponho eu, seja arquitecto:

."o arquitecto coordena o projecto ou faz o projecto(cria)"... mas estão a brincar?!
."nao existe tradição de tijolo burro em portugal"?... que tal um pouco de estudo?
. “ao se ter afastado da linguagem a que está habituado, mostra alguma fragilidade a trabalhar este de tipo forma exterior” … o siza deve ser aluno do 1ano da lusiada de famalicao!
.” Vale, pelo menos, pelo esforço de sair da sua comfort zone”…oh coitado os seus 300 projectos são todos iguais! Haja paciencia!
O pavilhão de gondomar, tal como todas as suas obras, é de uma execução soberba, ao nível do que de melhor se faz… é siza, e siza arrisca… arrisca muito, experimenta, e só quem arrisca no desenho tem o poder de fazer obras excepcionais.
Optou nesta obra por introduzir apenas cunhas livres em detrimento de juntas de dilatação, detetou-se que a opção não era a melhor e ia ser corrigida… e só se proporcionou o incidente nesse momento, após o inicio da intervenção de reconstrução – evasiva – e numa semana excepcionalmente quente mais propicia a dilatações. A construção é assim mesmo,tem imponderáveis, consequentemente perigos..
É preciso lembrar que siza tem muita experiencia no uso do tijolo, como se pode verificar pela sua vasta obra residencial em Holanda, em Aveiro e até mesmo na Faup -Porto… sim porque quem não está atento não deve saber onde.
Aliás muitas são as formas e técnicas estudadas e experimentadas na sua vastissma obra multifacetada... obras com acabamento em betão aparente(piscinas de leça), betão branco (ibero camargo), placagem mista de betão (biblioteca de viana), tijolo (biblioteca de aveiro), azulejo (pavilhão de portugal, Bouça), madeira (casa rato mikey), placagem de madeira (casa lagartixa..casa na belgica), cortiça (adega de sabrosa+pavilhão de portugal), xisto(adega de sabrosa), granito(casas de moledo), vidro(1 projecto da avenida da ponte), capoto (pavilhão carlos ramos); brancas… amarelas(casa da povoa do varzim), salmão(sabrosa)…cinzas (korea)…
Podia estar aqui o dia inteiro…
Esses clichés bacocos em relação a obra do siza não fazem sentido e apenas se compreende tal coisa, pelo não conhecimento da sua obra… ou pela não vontade de conhecer.

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Também não tem de ser só cinzentismo. A "laranjinha" nas imagens de joaoandiascarvalho já é mais comestível. Sem prejuízo dos créditos do autor, quiçá um sinal premonitório da reaproximação do Major às cores da sua antiga bandeira. Disse: "é uma obra que vai marcar" a sua passagem pelo município. A obra do regime portanto !... Vai-se o ouro, ficam os dedos. Quanto a fotos, é melhor não permitir. Nunca se sabe o que por acidente pode ficar registado. Senão, por este andar, qualquer dia "vai tudo dentro".

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oh, Kico, como e obvio eu sei que o Siza tem experiencia com tiijolo de burro, mas como voce deve de saber uma parede curva de Brick pode ser tecnicamente um desafio. a verdade e que uma parede deste tamanho em brick (a meia vez), nunca deveria de se desmoronar por completo, ate porque (pela boa pratica da construcao em Brick) deve de linteis em aco, a determinadas distancias, a juntar com steel tyes., por isso, mesmo que uma fraccao da parede se desmorona-se, isto nunca deveria de acontecer na altura do edificio todo. quanto a experiencia com Brick, perdao, mas nao temos propriamente um pais contruido com esta tecnica, nao queira comparar a inglaterra ou a holanda. Onde a toda a construcao dos ultimos 250 anos se baseia nisto. Quanto a questao coordenacao, criacao, ve-se que o senhor esta muito afastado da realidade dos projectos grandes, porque acontece assim e as vezes ainda pior, eu conheco arquitectos lideres de equipa que nem pegam num lapis, e nao me venham dizer que os projectos de execucao saeem todos do mesmo atelier, porque eu vejo equipas de 20 pessoas a trabalhar 6 anos no mesmo projecto e mesmo assim ha falhas no projecto de execucao.

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Kico as obras do Siza (não está aqui em questão o espaço, a luz....e sou suspeito de criticar o mestre porque já o referi noutros tópicos a minha opinião e é sempre favorável!) geralmente dão problemas, como por exemplo a Faup que frequentemente "metia" água em algumas zonas, sendo a mais evidente o auditório Távora, em que cheguei a ter aulas e pingava "água" dos tectos nos dias de chuvas intensas!
Por exemplo o Edifício "cilíndrico" de Barcelona "metia" água através das caixilharias à face, e os barceloneses resolveram o problema (contrariando ordens do mestre) com coberturas (em 2 águas?) em estrutura de alumínio e vidro a tapar os vazios que servem de entradas de luz zenital!
Se quiseres arranjo-te mais exemplos, ......!

Já cá ando a alguns anos (em que não era preciso meter uma cunha para trabalhar com o Siza) e tenho amigos arquitectos (colegas de faculdade) que trabalharam no escritório do mestre e apontam por vezes as falhas à teimosia dos colaboradores mais antigos e por vezes (felizmente menos frequente) ao próprio mestre!

"metia" - palavra simpática usado pelos operários da construção civil (os trolhas, pedreiros, pintores...), ....portanto Kico tem calma que alguns de nós que escrevemos aqui no fórum nascemos no século passado!
:)
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