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[Projecto] Marginal Sul: Zona da Marinha _ Espinho - CNLL


3CPO

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CNLL
Marginal Sul: Zona da Marinha _ Espinho . 2001-2002


Cliente: C. M. Espinho
Descrição: Arranjo urbanístico da Zona da Marinha entre a Fábrica Brandão Gomes e a Ribeira de Silvalde, arruamentos e percurso veiculares, espaços públicos pavimentados, passadiços, zonas ajardinadas, pérgola e espelhos de água
Área de intervenção 23.846 m2
Local: Espinho
Data Início | Fim: 2001 | 2002


Agredecemos a colaboração de CNLL.
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  • 4 weeks later...

Conheço bem a cidade de Espinho, não morasse eu bem perto... Os arranjos que têm vindo a ser feitos à marginal da cidade, este incluído, carecem de algum investimento na primeira linha de construção... Se na zona central, por si só movimentada, os arranjos resultam bem, nesta zona mais a sul, perto do bairro dos pescadores, falta qualquer coisa que motive as pessoas a circularem a pé desde a zona principal até aqui...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Onde moras Dreamer? Eu também conheço bastante bem a cidade de Espinho, praticamente vivo lá. Gosto muito dela, acho que é um caso de estudo do urbanismo português completamente negligenciado ou, pior, esquecido. É um exemplo extraordinário de que como sem grandes pretensões, sem grandes meios, sem grandes gestos, se podem produzir unidades urbanas (sublinho, unidades) com uma enorme qualidade de vida, com grandes potencialidades de ser vividas utilizadas e acutalizadas, alteradas etc etc . Porque Espinho tem de facto esta flexibilidade, é uma cidade que não depende de determinados edifícios para sobreviver, e até admite (e já admitiu muito) erros claros de gestão urbanística continuando a sobreviver como unidade urbana de qualidade apesar disso. Em relação à marginal, agradava-me bastante essa proposta do arq. Lacerda, embora a que esteja de facto construída (do arquitecto Carlos Prata) não esteja mal também. no fundo tratava-se de aplicar alguma qualidade de "passeio" à frente marítima da cidade, ponto tradicional de "promenades" de locais e arredores. Por isso parece-me bem, a distinção entre faixa de peão, faixa de carros e faixa de bicicletas assim como os pontos onde as pessoas poderão descansar sentar-se apreciar as vistas, colher sombra, etc. A estrutura do que existe é em tudo idêntica à proposta do arq Lacerda. Esta tem talvez mais refinamento ao nível do desenho, mais interesse plástico e talvez, apenas talvez, mais interesse em termos de percurso pelas curvas que vai aplicando. Mas de facto é necessário algo mais que arranjo de espaço público para resolver os problemas de vida urbana que se encontram sobretudo na zona mais a sul da cidade... mas esses são também sociais antes de serem urbanos ou arquitectónicos.

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Eu resido em Grijó, zona sul do concelho de VN Gaia. Espinho é uma zona que frequento com alguma regularidade, mas a verdade é que neste âmbito prefiro outro tipo de zonas, como toda a marginal de Gaia... O que gosto quando vou à beira mar, não é da confusão e de andar às "turras" com quem circula no sentido contrário... Espinho acaba por ser um local óbvio para muitas pessoas... prefiro a ainda existente calma do passadiço balnear da costa gaiense... Concordo contigo que Espinho é um exemplo esquecido e negligenciado do urbanismo português, tem muitas virtudes e proporciona uma boa qualidade de vida aos habitantes, mas nos fins de semana mais solarengos e durante a época balnear, a qualidade de vida deteriora-se por a cidade não estar preparada para albergar as massas humanas que se movimentam à beira mar...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Sim eu percebo o que estás a dizer em relação a andar às "turras" com o ppl na marginal de espinho por alturas do verão. Mas quanto a isso tenho a dizer o seguinte: - essa hiper afluência de ppl da região ali acontece só porque o resto da costa (de Gaia) não consegue ter a mesma capacidade de atracção de Espinho, conhecia ppl q morava praticamente em frente a Lavadores e fazia o percurso diário até Espinho. Esse mesmo pessoal desistiu dessa maratona a partir do momento que Gaia investiu em reabilitar a sua costa, e tornou as praias frequentáveis, e aliás, desde que isso aconteceu o movimento em Espinho diminuiu consideravelmente (e ainda bem). - Mesmo assim há um ambiente mais urbano em Espinho que não se repete em nenhum ponto da costa próxima que ainda atrai bastantes pessoas, mas eu não ponho isso como um defeito da cidade, ponho isso como um defeito do território. Um edifício projectado para ser utilizado por 300 pessoas e que por motivos vários se vê obrigado a ser utilizado por 700 pode ser um edifício fantástico, sobre todos os aspectos, mas vai sempre ter problemas de funcionamento, não é culpa do projecto. - por último, apesar de este post até ter começado com uma proposta para a frente marítima de Espinho, eu não estava tanto a falar desta quando referia a qualidade que Espinho tem. A mim interessa-me muito mais o resto da cidade (sobretudo "acima" da linha de comboio, para nascente), e é essa zona da cidade que eu gosto de viver, eu nem sequer sou tanto fã de praia :) frequento com moderação. ah e também concordo que a costa de gaia com os passadiços, faixas de bicicleta e peões discriminadas está com uma qualidade estupenda, mas para mim é um bom sítio para se ir, se estar e correr, andar de bicicleta passear, tomar um café, etc., mas no final ir embora para onde se vive, uma zona suburbana cheia de loteamentozinhos, edifícios de 3 4 pisos e moradias unifamiliares geminadas às 2 ou 4. Em Espinho, que para todos os efeitos é uma unidade suburbana, tens uma autosuficiencia enorme, dispensas deslocações desnecessárias, podes viver a pé (eu até acho que podia ser muito melhor explorado em termos ecológicos e de "vida sem carro", mas isso é outra discussão)

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Concordo contigo, Espinho tem uma qualidade de vida muito interessante face à realidade dos concelhos e freguesias vizinhos(as). Gaia começa agora a mostrar mais alguma abrangência, não se limitando ao centro urbano. Sou defensor de se criar uma nova centralidade na zona sul do concelho, capaz de se aliar a polos como Espinho e Santa Maria da Feira. Como dizes, ser um polo autosuficiente, com um bom sistema de transportes (possibilidade do metro e ligação ao combóio em Espinho). É uma zona com excelentes acessos, tem uma capacidade enorme para receber este tipo de investimento, mas parece que o poder (não somente político) não está muito para aí virado... Espinho consegue isso, criar e ter em si uma oferta de serviços, comércio, parque habitacional, equipamentos, etc, capaz de satisfazer uma população. Claro que muito faltará fazer, ou melhor, muito pode ser feito para melhorar ainda mais a cidade, mas acredito que está no bom caminho, principalmente tendo em conta a dimensão deste concelho. Uma grande janela de oportunidade do ponto de vista urbanístico surge com o "enterrar" da linha do norte (ferroviária). Um grande espaço vai ficar liberto e as possibilidades são imensas... gostava sinseramente de fazer parte da equipa que vai trabalhar neste espaço... e diga-se de passagem que ideias não faltam... Acredito que, com a fronteira do combóio desaparecendo, a cidade vai viver mais unida e tirando melhor partido das distintas características de cada um dos espaços. Esse vazio central vai funcionar como elemento aglutinador de vontades e desejos, criando aquilo que poderá no futuro vir a ser o centro da cidade...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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  • 2 weeks later...

Olá a todos!!! Quanto a mim, e só posso falar pelas fotos que aqui são apresentadas, esta parte da marginal está muito aquém do objectivo para a qual foi projectada. Do meu ponto de vista, ela revela-se "fria", monótona sem qualquer ponto de atração...não se torna convidativa ao lazer/estar, ao passeio, a caminhada.... Desta forma, as pessoas são reencaminhandoas para outras localidades, como se percebe nos comentarios anteriores. A alusão aos pescadores, só é visivel, nas casas que servem de pano de fundo à marginal!

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  • 2 years later...

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