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Coisas Arquitectonicas


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Uma coisa. Era uma vez um bloco com janelinhas. Certa altura o arquitecto cortou o bloco em tres blocos e mudou a configuracao e ficou assim...

Nao ha nada pior na profissao de arquitecto do que criar uma grande objecto e dizer no final que aquilo e arquitectura... mas sera mesmo arquitectura? Devemos aceitar de bracos cruzados que este tipo de projectos sao objectos de arquitectura?

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Uma forma + Um Programa = Arquitectura

Em que sentido o CCTV eh arquitectura?
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Se isto é arquitectura... Não sou a pessoa apropriada para responder. Mas não posso negar que gosto da estética do edifício (são gostos). É o único aspecto a que estou apta para falar... Mas vou arriscar dizer que o edifício não parece ter sido muito estudado?! Talvez um pouco ás três pancadas?!

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Eu penso que antes de mais é necessário abordar o edifício em termos da metrópole para perceber realmente se vale ou não enquanto obra de arquitectura. Esta pergunta é pertinente e sinceramente não me vejo capaz de responder sem antes analisar a fundo a obra no seu contexto urbano e enquanto objecto.

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A arquitectura, para mim, serve com dois objectivos principais: 1º Funcional 2º Decorar Por isso, acho que a nivel decorativo, é bom... a nivel funcional, tudo depende da capacidade do arquitecto em criar bons meios para este tipo de edificios funcionarem correctamente. Mas, na minha opnião, estes dois pontos, devem estar juntos para se dizer que é uma boa arquitectura. Claro que existem outros valores...

Josué Jacinto - Mais Fácil
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Eu posso estar a mandar um tiro no escuro, mas pelo que conheço das obras do arq. Rem Koolhaas, são um pouco meteoritos que caíram no local de implantação e pronto. Não estou neste caos a discutir a sua habilidade como arquitecto, mas projectos como a Casa da Música, têm, a meu ver, ângulos e espaços curiosos mas uma relação com o lugar acho que é praticamente nula. Há diversas formas de interagir com o local, sob um modo mais "camuflado" ou mais destacado. Neste caso o destaque é tão grande que passa muito despercebido a relação com o mesmo. Quanto à arquitectura dos edificios propriamente dita, ...considero que há com certeza um estudo muito intensivo, ao nível da estabilidade do mesmo...e da forma como pretende estabelecer ligações com a cidade. Receio que muitas vezes os arranha-céus vivam muito para si, para o interior dos mesmos, e não haja grande espaço para relaciona-los evidentemente com o envolvente. No entanto espero vivamente que venha a ter uma formação mais consistente acerca do modo como estes edifícios se relacionam e a sua linguagem. Nessa altura estarei mais apto a responder com outra convicção. :)

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Bem penso que há que ver as coisas de uma forma crítica na relação objecto arquitectónico/urbano. A casa da música à partida é um objecto pousado num grande lote vazio numa das frentes da praça mouzinho de albuquerque, no entanto, analisando à macro-escala, podemos ver que a Casa da Música só fará sentido enquanto obra de arquitectura de excepção naquele local e se calhar em mais 2 ou 3 outros lugares. Penso que aí é que está a essência do edifício do Koolhas, pondo de parte a sua forma, e os gostos do arquitecto. No entanto aquilo que me parece também fascinante é que em termos formais, o edifício acaba por fazer sentido principalmente estando localizado precisamente ali. Aquela praça que facilmente é dos pontos de maior frequência populacional do Porto, faz parte de um centro empresarial, comercial e de lazer que tem vindo a crescer desde há 50 anos naquela zona da boavista. Aquilo que acontece hoje é que as pré-existências do início do século continuam a não deixar desenvolver essa parte da cidade (pelo amor ao antigo) e aquilo que poderia ser O novo centro (a nova baixa) do Porto, está disperso e sem carácter. A Casa da Música tem como objectivo precisamente iniciar e incitar a uma dinamização e modernização dessa zona, retransformando-a, dando-lhe um novo carácter. Agora aquilo que não queremos ver é 20 Casas da Música espalhadas ao longo da rotunda! A Casa da Música é o elemento de excepção e a partir daí far-se-ia um novo centro cosmopolita e moderno. No entanto dúvido que a médio prazo esta área se renove pois continuamos a ser um povo de grandes costumes e de teimosias (e em grande parte incultos). Já neste edifício do CCTV não sei qual é o seu contexto por isso não posso fazer uma análise

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pois...a reacção da prof: "como não posso bater nos alunos, não lhes posso chamar nomes, não lhes posso morder nem posso chorar....rio...para libertar estas energias negativas que se acumulam quando me vêm com conversas destas...":D hoje foi do tipo..outro aluno: "professora, mas eu tenho trabalhado imenso neste semestre...mesmo!!!...na ultima semana de aulas...mas fora isso tenho feito coisas muito boas.." a prof:"#$@##%#&"!"!/#"#$:icon_yikes::angry3::wall:

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É preciso ter em atenção que nem todos os que participam no forum são arquitectos! E com depois de sairem do curso é com pessoas que não sabem nada de arquitectura que têm de lidar todos os dias :p E temos de ver que senão fosse assim não andavámos cá a fazer nada :) Apesar de na construção em PT toda a gente pensa que sabe alguma coisa! :)

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A arquitectura, para mim, serve com dois objectivos principais:
1º Funcional
2º Decorar

Por isso, acho que a nivel decorativo, é bom... a nivel funcional, tudo depende da capacidade do arquitecto em criar bons meios para este tipo de edificios funcionarem correctamente.



Compreendo perfeitamente. EXistem edificios que servem para decorar as cidades e outros que sao mesmo funcionais, a dita arquitectura.

Temos varios tipos de arquitectura que decoram as cidades. A Arquitectura que concebe Icons... mas mesmo esta tem sempre a preocupacao de fazer arquitectura. Uma suposta arquitectura arrojada. Agora nestes dois casos sao mesmo objectos decorativos.

Imagem colocada

Imaginem um vaso... no meio de Lisboa. Prontos, esta feito um projecto de arquitectura iconica a la Rem Koolhaas em Lisboa.
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lol..numa aula uma amiga minha vira-se para a prof... entao e esta é a minha intenção para este espaço.
a prof:"então porquê?"
ela:" então porque fica giro, confortável e fica a condizer com o resto":tired:

:bash3:


O que o prof podia dizer era:

- Diga isso mas em linguagem arquitectonica.
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Coisa Arquitectonica - Objecto de grande dimensao dividido em seccoes interiores horizontais que pode ser utilizado para os varios tipos de funcoes como escritorios, habitacao, industria, hotel, etc.

Imagem colocada

Uma cidade com coisas.

O que seria entao uma cidade com coisas? Muitas coisas. Para o mais teorico dos arquitectos estarei a blasfemar... mas nao... nao e esse o caso. O caso e que estou a afirmar que alguns edificios de arquitectura sao mesmo coisas. Deixaram de ser entendidas como objectos arquitectonicos que esperamos sempre que sejam lugares, moradas, etc... algo que nao esta dentro da coisa. Em principio arquitectura nao e uma coisa pois e uma obra de arte, e algo que servira para o Homem. Tanto o homem como a arte nao sao coisas... mas o facto e que a arquitectura moderna permitiu a criacao da chamada coisa arquitectonica onde as pessoas trabalham e vivem la dentro... vivem dentro das coisas...

Sociologia - Ciencia que estudo o objecto Sociedade. Sociedade e formada por pessoas.

As pessoas deixam de ser ser humanos para passarem a ser parte de um objecto. Parte de uma coisa... portanto estao abaixo da coisa. Sao constituintes de uma coisa.

A Coisa Arquitectonica sou e coisa arquitectonica quando tem pessoas.

Mas...

Mesmo que nao tenha pessoas... pode vir sempre a ser uma coisa urbana. Um objecto decorativo que decore a casa, a cidade neste caso, passa de coisa arquitectonica para coisa urbana... pois a sua funcao passa para decorar...(palavra heretica para arquitectos como asimplemind)... a cidade.

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Temos varios tipos de arquitectura que decoram as cidades.


Este decorar faz-me uma certa "comichão", porque se somos arquitectos, não somos decoradores. Os decoradores elaboram os seus projectos com base no "ficar bem"..conjugar, entender o que "está na moda" e proporcionar ao habitante um espaço decorativo.
Que eu saiba, o arquitecto não decora. Não faz jogos de mobília. Simplesmente tenta resolver um problema. Esse problema é resolvido quando entende as fraquezas de determinado espaço ou conjunto de espaços, e em seguida, por meio de um processo conceptual, concebe uma obra que não se preocupa com a conjugação de cores ou das tendências da moda, mas sim do que esse espaço dialoga com o exterior e a intimidade que estabelece com o(s) futuro(s) habitante(s).
A partir do momento que fazemos edifícios decorativos, acho que estamos a perder qualidades de arquitecto e a adoptar linhas orientadoras que qualquer pessoa bem informada no People&Arts ou pla internet ou plas revistas de decoração pode muito bem fazer.
Tenho um apartamento em leiria que foi todo "decorado" (mesmo o termo) por mim e pela minha irmã. Já foi "decorado" ha + de 1 ano (ainda eu nem tinha entrado para a universiade, nem percebia nada de arquitectura), mas o resultado muito aclamado pelas pessoas que já o viram. No entanto, bem sei que não me sinto tão pouco lisonjeado por ter feito aquele trabalho, pois não me interessa nada essa área. Limitei-me na altura a visitar algumas lojas como a "antiga HABITAT" ou o IKEA, ou a DIMENSAO (passo a pub.).
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Para mim esta questão não pode ser tão linear, porque no acto projectual da arquitectura, falando por mim, não projecto apenas espaços vazios, cuidadosamente trabalhados, relacionados com o exterior, capazes de solucionar o problema, espaços cheios de sentido mas "vazios", projecto sim ambientes completos, porque não consigo dissociar uma coisa da outra... no entanto não me sinto inferior por isso, bem pelo contrário, porque entendo que essa linha de pensamento leva a espaços mais ricos... Não quero com isto dizer que levo o projecto ao outro extremo, ao completo pormenor decorativo, mas entendo que ao optar por um pavimento específico, por um tipo de cozinha, um tipo de portas, um tipo de iluminação, um tipo de louça sanitária, entre outros, estamos a entrar nesse mundo da decoração, ainda que superficialmente. Não é por acaso que nas plantas desenhamos a organização espacial do espaço, o que não quer dizer que o nosso cliente vá fazer exactamente como lá está, mas serve como uma linha de referência... Como disse antes, em projecto temos de resolver o problema, resolver os espaços, o que leva a uma idealização de como poderá ser o espaço... Como disse no início, não podemos ser tão lineares, até porque o mundo não é a preto e branco, tem toda uma gama de cores...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Pois, entendo-te Dreamer, mas o que queria dizer com aquela tal diferença arquitecto/decorador, é em relação ao modo de conceber espaços. Mas eu acho que a preocupação de um arquitecto deve ser fundamentalmente a concepção de espaços que resolvam problemas. Essa parte que considero mesmo assim que não seja "decoração", é complementar, e poderá ser feita por outro profissional do ramo, por 1 pessoa formada em decoração. Não exige o exercício do intelecto/emoção do arquitecto.

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Concordo em parte contigo, mas como é que consegues pensar num quarto sem saber onde vai ficar a cama?... como projectas a cozinha sem pensar no local do mobiliário?... como projectas a casa de banho sem pensar na distribuição das peças?... ou a um outro nível, como pensas num espaço sem pensar na côr que ele poderá ter?... como podes estudar a iluminação natural sem estudar o local onde ela vai incidir?... falo aqui de materiais, texturas, cores... ou ainda, como pensas nos espaços sem pensar nos pavimentos?... como pensas nos vãos sem pensar na conjugação de materiais?... E isto só para falar numa habitação, porque os exemplos podem-se multiplicar... Como já disse, para mim o acto de projectar passa também por estas questões, por resolver estes problemas, porque o espaço não vive por si só... Não quero com isto dizer que em cada arquitecto tem de existir (felizmente) um profissional ao estilo da "Casa Cláudia", ou outras publicações similares... mas é inivitável pensar nos espaços com algum toque de pormenor, agora a dúvida está se isso se chama, ou não, decoração...

Não é incrível tudo o que pode caber dentro de um lápis?...

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Pois, entendo-te Dreamer, mas o que queria dizer com aquela tal diferença arquitecto/decorador, é em relação ao modo de conceber espaços. Mas eu acho que a preocupação de um arquitecto deve ser fundamentalmente a concepção de espaços que resolvam problemas. Essa parte que considero mesmo assim que não seja "decoração", é complementar, e poderá ser feita por outro profissional do ramo, por 1 pessoa formada em decoração. Não exige o exercício do intelecto/emoção do arquitecto.


Em jeito de dúvida e, em simultâneo, provocação:

Achas então que um decorador que define a mobilia de um espaço não está a fazer arquitectura?
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Colocando um cenário: uma sala já existente, que é preciso organizar com mobilia. Se for um arquitecto a fazer, está a fazer decoração? Ou se for um decorador a fazer, está a fazer arquitectura?


A questao arquitecto vs decorador e uma questao sensivel... para mim o termo decorar e muito subjectivo. Tanto o arquitecto como o decorador tem problemas a resolver, tanto um como o outro resolvem-no. Um decorador quando faz decoracao tambem faz arquitectura. A diferenca e que cria ambientes e modela o espaco com mobiliario e nao com materiais de construcao...

E existe outra diferenca... antes de surgir o Taveira a decoracao era feita por arquitectos e estes senhores tinham reputacao de serem homosexuais... ao surgir o Taveira, o arquitecto rompeu com a reputacao efeminada dos decoradores e instaurou a virilidade masculina e heterosexual dos arquitectos... sem papas na lingua eh esta a diferenca!!!

:)
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