Jump to content
Arquitectura.pt


Lisboa | Plano de Urbanização da Avenida de Liberdade | Manuel Fernandes de Sá


JVS

Recommended Posts




O Plano de Urbanização da Avenida de Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE) pretende duplicar a população residente naquela área lisboeta, que é actualmente de 7.500 pessoas, anunciou o arquitecto responsável pelo plano.

"A intenção é duplicar a população", afirmou o arquitecto Manuel Fernandes de Sá, durante a inauguração da exposição sobre o PUALZE.

Fernandes de Sá, responsável pelo primeiro plano para a zona, em 1991, que nunca foi concretizado, sublinhou que "não é só o plano que vai promover a fixação da população".

"Tem de haver uma politica de incentivos à habitação, a qualificação dos espaços públicos e equipamentos de apoio local", afirmou.

Segundo o arquitecto, vivem hoje naquela zona 7.500 pessoas, "uma população muito envelhecida", apesar de existirem "sintomas de revitalização na zona por detrás do Coliseu".

O plano abrange uma área de 100 hectares, das freguesias de S.José, São Mamede e Coração de Jesus.

O estacionamento à superfície deixará de ser possível na Avenida da Liberdade, de acordo com o plano, que propõe a criação de três parques de estacionamento subterrâneos nos cruzamentos da avenida com as ruas Alexandre Herculano, Barata Salgueiro e Manuel de Jesus Coelho.

O trânsito será condicionado nas vias laterais à Avenida da Liberdade, que serão reduzidas a uma faixa de rodagem, sendo permitida a passagem apenas a moradores, transportes públicos ou veículos de emergência, adiantou Fernandes de Sá.

Os passeios serão alargados, passando a ter entre sete e oito metros de largura.

"Haverá quase uma continuidade física entre os jardins centrais e os passeios", sustentou o arquitecto.

Segundo Fernandes de Sá, "o plano encoraja a instalação de mais hotelaria" na Avenida da Liberdade.

Além dos parques subterrâneos na Avenida da Liberdade, que terão entre 220 e 260 lugares, devem ser construídos parques de apoio a residentes em locais como o Largo da Oliveirinha, com 150 lugares, ou o Mercado do Rato, com 650 lugares.

Fernandes de Sá escusou-se a especificar quais os equipamentos a construir no âmbito do plano, sublinhando que "o que interessa é reservar o terreno" para o fazer.

Os terrenos reservados para a construção de equipamentos situam-se na Rua do Passadiço, no Largo da Oliverinha e no Mercado do Rato.

O PULZE encontra-se em fase de consulta técnica na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR- LVT), seguindo-se o período de consulta pública.


in http://galerialisboa.blogspot.com/2006/11/plano-de-urbanizao-da-avenida-de.html
Link to comment
Share on other sites

esta sexta, o Gonçalo Ribeiro Telles, no DN, mostrou as linhas de água de Lisboa... a Avenida da Liberdade tem uma linha de àgua desde o marques até ao rio...o próprio defendia que não deveriam criar parques estacionamento e caves... 3 parques?... é preciso dizer mais alguma coisa? os carros continuarão a entrar em lisboa....a rede hidrográfica da cidade continua a ser, continuamente, afectada e "mutilada". querem milagres? andam a brincar com o fogo, porque a àgua tem de sair por algum lado...digo eu...

Link to comment
Share on other sites

  • 2 years later...
É altura de decidir o que queremos fazer da Avenida -PUBLICO -02.12.2008, Ana Henriques

Restrições ao trânsito no centro do debate, que em breve entrará em fase de discussão pública. Plano prevê que faixas laterais encolham

Em breve, os munícipes lisboetas vão ser chamados a pronunciar-se: que futuro querem para a Avenida da Liberdade. Com a discussão pública prestes a começar, o arquitecto convidado pela Câmara de Lisboa para apontar o caminho, Manuel Fernandes de Sá, optou por uma solução salomónica: menos trânsito, mas sem exageros e continuação da predominância de escritórios. Depois, diz o arquitecto portuense, é preciso dar tempo ao tempo para que o local onde dantes todos iam para ver e ser vistos - o Passeio Público - se encha outra vez de vida. Para que se torne outra vez um local de passeio, e não apenas de passagem.
Há quem pense que as medidas preconizadas por Fernandes de Sá não chegam para resgatar à sua triste sina a principal artéria da cidade, campeã europeia da poluição, mas ao mesmo tempo uma das avenidas mais caras da Europa. Isso mesmo disse a arquitecta Helena Roseta, vereadora do movimento cívico Cidadãos por Lisboa, na passada quarta-feira, dia em que Fernandes de Sá apresentou o seu projecto na reunião de câmara. "Denoto algum conservadorismo na proposta", observou. "A Avenida tem todas as condições para nos deslocarmos em transporte público ou a pé. Em contrapartida, o que lá existe é um exagero de transporte privado, e Manuel Fernandes de Sá não propõe a inversão disto".
Sem carros à superfície
Retirar o estacionamento da superfície e reduzir a largura das faixas rodoviárias laterais para cerca de metade, aproveitando esse espaço para alargar os passeios, são as facetas mais visíveis do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zonas Envolventes, também conhecido pela pouco amigável sigla PUALZE.
Também membro do movimento de Helena Roseta, António Elói defende que as faixas de rodagem laterais deviam pura e simplesmente desaparecer, em vez de ficarem com trânsito condicionado. A miragem de uma Avenida cheia de esplanadas de cima a baixo, com o trânsito a correr apenas no meio, seduz muita gente. Peremptório, Fernandes de Sá desfaz as ilusões: "Não é possível suprimir as faixas de rodagem laterais. Senão, como é que se chegava às casas e garagens?".
E em que consiste o condicionamento ao trânsito proposto pelo arquitecto? "Não é um condicionamento muito condicionado", admite. "A ideia é que o espaço seja partilhado por peões e automóveis e circular a uma velocidade reduzida".
Uma ideia que, de resto, pode vir a ser transformada depois do período de discussão pública a que o PUALZE será em breve submetido. "Questões como a da largura dos passeios devem ficar em aberto até à elaboração do projecto de execução", advoga o vereador do Urbanismo, o arquitecto Manuel Salgado. Que lança uma hipótese radical, já posta de lado pelo estudo de Fernandes de Sá pelo menos para os próximos tempos: "E porque não tirar o trânsito do meio da Avenida e ficar com ele apenas nas laterais?".
Tal como estavam formuladas, as regras do PUALZE que balizavam a subida de altura dos edifícios da Avenida prestavam-se a interpretações equívocas que podiam ter efeitos incontroláveis. Quem deu por isso foi a vereadora do PSD Margarida Saavedra, que exigiu a reformulação do texto. "Era uma incorrecção do texto, a vereadora tinha razão. Já está resolvido", diz Fernandes de Sá, que invoca o desconhecimento por si e pela sua equipa do quadro jurídico em vigor na capital. A autorização para construir no interior dos quarteirões, ligando dois edifícios com frentes para duas ruas diferentes através de um terceiro construído entre eles, é outro aspecto considerado gravoso pela autarca.

O plano de Fernandes de Sá -02.12.2008

Menos carros, menos poluição, mais habitantes
Prioridade ao terciário
A continuação da predominância do sector terciário na Avenida é um dos aspectos pouco pacíficos do plano de Fernandes de Sá. Pelas suas contas, entre terrenos vagos e imóveis devolutos ainda há espaço para o sector dos serviços crescer 16,5 por cento nos 100 hectares abrangidos pelo PUALZE. Depois de observar os mapas apresentados pelo arquitecto, a vereadora social-democrata Margarida Saavedra deixou escapar uma constatação: "Mas o local onde mora o primeiro-ministro, a Rua Braamcamp, aparece totalmente terciarizado!". O valor do terreno, um dos mais altos da cidade - 75 euros/mês por metro quadrado alugado - e os elevados níveis de ruído provocados pelo tráfego são os argumentos do arquitecto para a opção. Seja como for, o PUALZE prevê, no médio prazo, 5000 novos habitantes na área de intervenção, que passará assim de sete para 12 mil residentes. Mas sempre nas áreas circundantes da Avenida, com especial preponderância nas zonas da Rua de S. José e da Glória. Já as artérias mais próximas do Marquês surgem totalmente dedicadas ao comércio e escritórios. Para Margarida Saavedra, uma das grandes falhas falhas do plano relaciona-se com o facto de não apresentar medidas concretas de reabilitação urbana.

Estacionamento subterrâneo
O desaparecimento de todo o estacionamento existente à superfície da Avenida, 660 lugares, ilegais na sua maioria, é compensado no PUALZE com a construção de dois parques subterrâneos, um no cruzamento com a Barata Salgueiro e outro no cruzamento com a Manuel de Jesus Coelho - um investimento de 7,5 milhões de euros que o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, acha dispensável: "Não será necessário construir os dois parques, uma vez que há capacidade de estacionamento excedentária nos edifícios" da zona. Além da sua principal função, estes parques serviriam ainda como forma de atravessamento da Avenida pelos peões. Fernandes de Sá propõe, aliás, que a difícil ligação das duas colinas separadas pelo vale da Avenida seja feita, nos Restauradores, usando o parque de estacionamento enterrado que ali existe - "por forma a criar uma ligação privilegiada entre as duas encostas, aproveitando a existência dos elevadores da Glória e do Lavra". À superfície, o plano prevê o aproveitamento de parte do mercado do Rato - onde também quer criar uma área de serviços, comércio e eventualmente habitação - para fazer 650 lugares de parqueamento, aos quais há a juntar três parques para residentes no Largo da Oliveirinha, na Travessa de Santa Marta e na Rua do Passadiço.

Reduzir poluição
A poluição atmosférica ultrapassa os valores legalmente permitidos, enquanto a sonora inviabiliza, também por causa dos limites legais, a criação de novos edifícios de habitação na Avenida. "A situação não é pior devido à acção das chamadas brisas da Avenida, que dissipam a poluição resultante destes factores, sendo as poeiras retidas pela folhagem das árvores", descreve o PUALZE. Para mudar este estado de coisas a Câmara de Lisboa foi obrigada a assumir compromissos com a administração central. A alteração dos pavimentos, mas sobretudo a redução do volume de tráfego são as medidas que estão em cima da mesa. Fernandes de Sá quer, a título experimental, tirar os carros de parte da Rosa Araújo e do Largo da Anunciada - garantindo no entanto, neste último caso, a "manutenção condicionada do seu atravessamento automóvel".

Investimento público
Contas feitas por baixo, o PUALZE, pensado para dez anos, obrigará a um investimento público da ordem dos 57 milhões de euros, 40% dos quais dirigidos para a criação de estacionamento. A autarquia poderá recuperar parte das verbas com as taxas e impostos sobre a nova construção que se prepara para autorizar naquela que é uma das zonas mais nobres. Helena Roseta quis saber quanto valerão estas mais-valias imobiliárias, mas ninguém lhe soube responder. A.H.

in http://cidadanialx.blogspot.com/
Link to comment
Share on other sites

a Avenida da Liberdade tem uma linha de àgua desde o marques até ao rio


A linha de água não passa propriamente na Av da Liberdade mas sim na rua das portas de s. antão, rua s. josé e rua de S. Marta. Estas Ruas formaram-se "naturalmente" sobre a linha de agua e fica paralela à av. da Liberdade.
de qualquer modo o risco existe e o metro, que também passa por aí, não facilita as coisas.
Mas tecnicamente tudo é possível, os custos e consequencias futuras é que podem por em causa estas opções.
Link to comment
Share on other sites

  • 3 months later...

A Avenida da Liberdade é um triste exemplo de como pode uma cicade(capital!) caminhar em sentido contrário relativamente qualidade do usufruto dos espaços públicos! Há uns anos a Avenida da liberdadeer percorridapor electricos, tinha uma zona de paseio público apetcivel e tinha duas faixas 8uma em cada sentido) para o transito automóvel... Hoje otransito automóvel tomou conta da Avenida, os electrcos desapareceram e as zonas de passeio público ficaram encravadas no meio de um transito caótico! Quando deixaremos de fazer este tipo de atentados no nosso país?

Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...

Não gosto de falar do que desconheço, mas pelo que li aqui parece-me que a proposta é maioritariamente positiva. Situações óptimas são quase impossiveis em urbanismo. Ponderações e decisões têm que ser feitas. Dúvido que o domínio hídrico esteja negligenciado (de certo que ninguém está à espera da "abertura" das linhas de água), e parece-me que a qualificação e redução do espaço viário, e consequente ruído e poluição, são centrais à revitalização e dinamização daquele importante eixo. Lamento que os estudos não especifiquem a natureza dos equipamentos (algo que devia ser determinado, embora com algum grau de flexibilidade, pelo plano). Espero que os decisores sejam consequentes caso aprovem o plano, nomeadamente através das políticas de habitação e revitalização do edificado e da "vida"! Como nota final...era bom ver os eléctricos a voltar à Av. da Liberdade...desta feita em espaços específicos e sem carros. Uma visão do passado para o futuro com principios sustentáveis.

Link to comment
Share on other sites

O passado é passado, a Av Liberdade necessita de uma intervenção de rotura, por exemplo sempre idealizei no perfil desta avenida uma maior assimetria, ou seja no lado nascente o automovel e no lado poente o passeio publico mais largo,permitindo aumentar as zonas ajardinadas e zonas de água, com arborização, aproveitando ainda a reabilitação do Parque Mayer. Mas isto são ideias avulsas de um Portuense!:D

Link to comment
Share on other sites

  • 3 months later...

Na segunda feira passei por lah e hoje tambem. Pensei sobre o assunto e lembrei-me que existia este topico. Eh uma Avenida com grande potencial mas como sempre nao eh aproveitada. 1 . Deviam regularizar as cotas da avenida. Acabar com aquela empena desagradavel. 2 . Manter a massa arborea. 3 . Renovar o Jardim oferecendo uma nova vivencia ludica e deixar de ter aquele desenho antiquado do sec. XIX. 4 . Mudar de pavimento dando maior luminosidade. A Avenida eh muito escura, pouco convidativa pouco acolhedora. Mudar de mobiliario urbano. Muito antiquado. 5 . Quanto ao Trafico Automovel teria de se mudar o transito da cidade para nao cometer os erros do Terreiro do Paco. 6 . Pensar a Avenida como eixo de ligacao entre a Baixa e o Parque Eduardo VIII. Repensar a Rotunda do Marques de Pombal. Repensar no Parque. A Existencia dos Teatros, dos Coliseus, dos Hoteis, do S. Jorge, as ruas laterais, as zonas habitacionais, escritorios, ... 7 . E o Parque Mayer? Alguma relacao entre o Parque Mayer e a Avenida.

Link to comment
Share on other sites

Lisboa: PSD viabilizou por engano plano de urbanização da Avenida da Liberdade

De Ana Clotilde Correia (LUSA) – 14 de Jul de 2009

Lisboa, 14 Jul (Lusa) - O PSD viabilizou por engano na Assembleia Municipal de Lisboa o Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zonas Envolventes (PUALZE), que pretendia chumbar, reconheceu hoje o líder da bancada social-democrata.

"Houve uma má interpretação nossa, que o PSD e o líder da bancada assumem plenamente, que não tem nada a ver com a condução dos trabalhos por parte da mesa", disse Saldanha Serra aos jornalistas, no final da reunião da Assembleia Municipal.

Segundo o líder da bancada do PSD, há duas semanas, quando o PUALZE foi discutido na Assembleia e foi colocado à votação, os deputados sociais-democratas julgavam estar a votar a alteração de um artigo e não a versão final do plano.

© 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

in http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hxJq-w3Fdj2rGQ-eFqgyBefJEyKA

Liberdade Poluída

O problema está bem identificado: apesar de os automóveis serem cada vez menos poluentes (consequência da aplicação das Normas EURO e do esforço de redução das emissões de CO2), o aumento exponencial do número de veículos em circulação é mais do que suficiente para contrariar (e eliminar) essa vantagem. Para se ter uma ideia, entram diariamente em Lisboa cerca de 400 mil veículos, muitos deles apenas como tráfego de atravessamento, outros fazendo parte dos chamados movimentos pendulares casa-trabalho, outros simplesmente para que os seus proprietários se desloquem a Lisboa para consumir e passear. O que leva aos congestionamentos que se vêm hoje em dia nos principais acessos à cidade (A5, IC19, A1, A2, Calçada de Carriche...), que se tente minimizar o problema aumentando o número e a dimensão das rodovias.

Mais vias de tráfego conduzem no curto prazo a uma melhoria efectiva das condições de circulação, mas no médio-longo prazo trazem apenas mais congestionamento devido ao fenómeno de indução, uma vez que um maior número de pessoas tenderá a utilizar o transporte individual devido ao aumento da sua atractividade . Veja-se o exemplo do IC19 (cada vez mais faixas e mais trânsito) da radial de Benfica (no início muito prática para quem regressava da margem sul, agora está impossível em hora de ponta). Isto tendo em conta que em média cada veículo transporta cerca de 1,2 passageiros... uma média que nos deve deixar orgulhosos, com toda a certeza.

A liberdade de cada um usar carro próprio nas suas deslocações interfere negativamente com a liberdade dos outros terem uma boa saúde (sobretudo os Lisboetas que são quem sofre mais com a poluição atmosférica na cidade). Tendo em conta este facto, torna-se imperativa uma mudança de hábitos com vista a reduzir o número de carros que entram diariamente em Lisboa. Estes têm um impacto muito significativo em termos económicos e de saúde pública (não só em Portugal, mas um pouco por todas as principais cidades Europeias) pois a poluição atmosférica é responsável por 310.000 mortes prematuras na Europa todos os anos, mais do que as causadas por acidentes rodoviários. O custo estimado para a economia europeia varia entre € 427 e € 790 mil milhões por ano.

Daí que hoje em dia se fale cada vez mais de medidas disciplinação do tráfego automóvel com vista à melhoria da qualidade do ar, aplicadas em várias cidades europeias. Entre estas medidas inclui-se a criação de Zonas de Emissões Reduzidas, onde não possam entrar veículos que não cumpram, pelo menos uma determinada norma de emissões (EURO I ou EURO II, por exemplo), reorganização da oferta de estacionamento tarifado e aumento da fiscalização do estacionamento ilegal, a melhoria do desempenho ambiental de frotas cativas (como os táxis e os veículos de recolha de RSU)e o aumento da atractividade dos transportes colectivos (com por exemplo maior número de km em corredor BUS, a melhoria da interligação entre modos de transporte público e a criação de parques periféricos que estimulem o park & ride). Isto para não ir tão longe como as portagens à entrada das cidades ou a congestion charge de Londres.

Publicada por Pedro Gomes

in http://cidadanialx.blogspot.com/2009/02/liberdade-poluida.html

Plano da Avenida da Liberdade vai a debate público em Setembro

in Público, 10.07.2008, Luís Filipe Sebastião

Proposta do PCP louva trabalho de socorro em prédio que ardeu e defende avaliação do património devoluto da cidade

«O auto de vistoria ao edifício que ardeu no domingo em Lisboa concluiu que as fachadas "não revelam risco de colapso" e o proprietário já assumiu perante a autarquia que vai avançar com a consolidação das paredes exteriores que sobraram do sinistro, confirmou ontem o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado. O autarca anunciou que o Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE) será colocado em consulta pública em Setembro.
De acordo com Manuel Salgado, após a reunião privada de câmara, o proprietário do número 23 da Av. da Liberdade, cujo interior foi totalmente devorado pelas chamas, que afectou ainda alguns pisos e a cobertura do prédio vizinho, comunicou à autarquia que "assume o compromisso de dar início à consolidação das fachadas", tendo para o efeito já contratado uma empresa para a avaliação e outra para a empreitada de escoramento. O fundo imobiliário Libertas I informou a autarquia de que possui um seguro de responsabilidade civil, que será accionado para responder às responsabilidades que lhe venham a ser imputadas.

O vereador adiantou que das cinco famílias desalojadas do número 21, no total de 15 pessoas, algumas foram acolhidas por familiares e outras realojados pela Protecção Civil Municipal. Manuel Salgado acrescentou que ainda "não é possível saber a data" em que poderão voltar às suas habitações. A vereadora Helena Roseta revelou que, na sessão camarária à porta fechada, Salgado anunciou que o PUALZE será colocado "em debate público em Setembro". A eleita dos Cidadãos por Lisboa decidiu adiar a sua proposta de uma "audição" dos moradores, comerciantes e autarcas sobre a requalificação da Rua de São José, uma lateral da Avenida da Liberdade, para a mesma altura de discussão do PUALZE.

O vereador José Sá Fernandes mostrou-se satisfeito com a discussão do PUALZE, mas admitiu ter "dúvidas em relação a alguns aspectos", nomeadamente na revisão das cérceas, para que permitam "a respiração da Avenida da Liberdade".

Uma proposta do PCP sobre o incêndio na avenida foi aprovada com um voto contra do movimento Lisboa com Carmona. O documento salienta que "sem prejuízo das responsabilidades que, em primeira instância, cabem aos proprietários dos edifícios pela sua gestão e conservação, há responsabilidades municipais na gestão urbanística da cidade". O executivo decidiu assim, por maioria, saudar a actuação dos bombeiros, serviços de segurança e Protecção Civil, mas também "continuar a prestar apoio aos moradores dos edifícios vizinhos, afectados pelo sinistro", e que os serviços de Urbanismo prossigam "a avaliação do parque edificado degradado e devoluto da cidade" e das condições para garantir a sua recuperação. A vereadora Margarida Saavedra justificou a abstenção do PSD porque "os pressupostos [da proposta] tendem a passar para o particular um ónus que tem de ser partilhado", designadamente pelo município.

A vereadora Rita Magrinho (PCP) frisou que, na revisão orçamental aprovada ontem, está previsto um reforço das despesas com pessoal de 10,2 milhões de euros. As verbas a mais, a submeter à apreciação da assembleia municipal, para trabalho extraordinário e avenças de funcionários ascendem a 7,2 milhões de euros. O vereador das Finanças, Cardoso da Silva (PS), informou na reunião que a autarquia regularizou as dívidas com 2036 credores. Na agenda de trabalhos constava uma proposta de rectificação da dívida para com a EDP no total de 6,2 milhões de euros, que o presidente, António Costa, esclareceu referirem-se a facturas de 1999 a 2006 que a empresa confirmou que se encontram pagas. O executivo aprovou os princípios da elaboração do orçamento participativo do município.»

FOTO: Avenida da Liberdade, 21 e 23, as coberturas vistas do Miradouro de São Pedro de Alcântara.

in http://cidadanialx.blogspot.com/2008/07/plano-da-avenida-da-liberdade-vai.html

Link to comment
Share on other sites

Please sign in to comment

You will be able to leave a comment after signing in



Sign In Now
×
×
  • Create New...

Important Information

We have placed cookies on your device to help make this website better. You can adjust your cookie settings, otherwise we'll assume you're okay to continue.