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Arquitectura.pt


centro de arquitectura moderna-amsterdão


Sérgio Barbosa

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Penso que o kwhyl está a ser perfeitamente claro na exposição das suas ideias, com as quais concordo em geral. Não existe arquitectura sem objecto construído. Não conheço os textos do Baeza, mas conheço os do Zumthor, que diz que o projecto no papel é como uma pauta de música. Conclui que, da mesma forma que é preciso tocar o que está na pauta para se experimentar a música, também tem de se construir o edifício para se experimentar a arquitectura. Não se pode confundir representações de uma coisa com a coisa em si. Imaginem ter um monte de fotos de raparigas lindíssimas na carteira, depois ir ao cinema sozinho, e no dia seguinte dizer "Epa, ontem fui sair com um monte de raparigas lindíssimas".

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sérgio, es um gajo porreiro, gosto de conversar contigo em geito de forum, tens ideias diferentes das minhas, por isso as nossas discussões, mas fazemo-lo sempre respeitosamente, e gosto das ideias que dás quanto ás faculdades, pá, sinceramente interessava-me uma discussão paralela sobre metodologia, mas não sou eu que a vou lançar, muito menos depois de ouvir tanta boca, não tuas, mas de outros, cascando na minha faculdade, sem conhecimento de causa concordo inteiramente contigo e sou um fan acerrimo do autodidatismo,principalmente um autodidatismo inserido ainda num meio académico,coisa que a minha faculdade em muito obriga positivamente, mas isso seria outra discussão se alguem a quisesse começar, até podemos ser os dois, mas contigo só falaria de metodologia e eu queria mesmo saber as razões de tanto cascanso quanto ao resto, concordo com as metáforas ousadas do nuno, até mesmo a da gaja... o bethoven, sudo,compos música,fez música apesar de não a ouvir sabia, como genio que era, precisamente o que estava a tocar, mas isso só se realizou anos mais tarde, quando foi tocada para um público comparando á arquitectura, tu podes fazer um belissimo projecto no papel, mas enquanto não o mostrares ás pessoas não o considero arquitectura e sabes que mostrar ás pessoas não é em renders, desenhos ou 2d, é construído, só assim a aquitectura pode ser catalogada como tal...é a minha opnião, mas como digo, até podes ter razão

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Não, não faz dele menor músico, bem pelo contrário, faz dele um músico maior, capaz de separar o ouvido exterior do ouvido interior, mas, de qualquer modo, já estamos aqui a derivar para outras temáticas, que passam nomeadamente pela questão do quão bom técnico a pessoa é. Á parte disso e voltando ao tema, mas mantendo a sequência, as pautas escritas pelo genial músico então surdo, não passam, mais uma vez de... pautas, deixou-as escritas para o mundo as poder ouvir, deixou o projecto no papel para alguém o construir de modo a muitos outros o poderem experimentar e desta maneira validarem todo o processo ao dizerem "Bela música!".

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kandinsky,
já que administras aqui a cena, deves ter lido o meu post noutro tópico adjacente ás bocas que se mandam á faup neste forum, e como li que es um dos que também mandam bocas...
até agora a faup tem sido pouco representada neste meio, mas agora que eu cheguei apetece-me limpar a honra da minha escola e como sou dos que voçes apelam que tenho a **** da mania que a minha faculdade á a melhor talvez, se estiveres interessado, em continuidade do topico que a Connecty sabiamente fechou, possas abrir um em que possamos discutir, prometo, respeitosamente o tema,
talvez um topic de discussão sobre métodos de faculdades não fosse totalmente descabido,
mas só o farei, se 1º alguem tenha frontalidade para me dizer porque é que tanto batem na faup

dois dias passados sobre este post eu apago-o, pela falta de interesse destas palavras



Bem, creio que deve haver aqui algum mal entendido. Quando na revista referi que deveriam publicar projectos da FAUP, foi sempre num bom sentido. As duas últimas vezes que fui à FAUP, tive a oportunidade de ver as exposições de trabalhos e que me deixaram bastante satisfeito...o que significa que há imensos bons trabalhos lá...e isso não é fruto do acaso...só gostava de poder ter acesso a essa informação por outros meios...

Obviamente que me posso deslocar e ver as exposições no local e falar com alguns dos estudantes...mas enfim...era uma sugestão...
Não foi com qualquer sentido depreciativo...

Mas aguardo a publicação de alguns dos teus projectos...e incentivares alguns colegas a participarem também...aprendemos todos uns com os outros...

Mas continuando com o ARCAM de Amsterdam...

Abraços
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São opiniões e eu respeito-as... quanto às metodologias vou só dar uma breve sugestão. Porque nos massacram tanto nas faculdades, ensinando-nas a fazer a casa pós moderna, enquanto temos em frente aos nossos olhos milhares de casas abandonadas ou degradadas aguardadando uma recuperação ou reabilitação ou requalificação, seja o que fôr. Provavelmente a nossa geração de arquitectos vai mais trabalhar nessa área, do que propriamente a fazer projectos de raiz. Faz realmente parte dos programas curriculares uma cadeira que realmente aborde estes assuntos de forma séria? Se existe eu desconheço.

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então desculpa,erro meu retirarei o outro post daqui a dois dias como prometido no entanto repararás como eu a eterna rivalidade á faup e conhecerás o teor das acusaçoes infundadas a esse reseito. desculpa bater no ceguinho, mas tou cá para limpar a a honra a minha faculdade, em parceria com os meus posts e,espero, para a semana com a apresentação dos meus trabalhos tenho pena de não ter o meu trabalho de 2º ano em Roma, enviar-vos ia com todo o gosto, mas o lápis e a tinta da china assim o obrigaram

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Não, não faz dele menor músico, bem pelo contrário, faz dele um músico maior, capaz de separar o ouvido exterior do ouvido interior, mas, de qualquer modo, já estamos aqui a derivar para outras temáticas, que passam nomeadamente pela questão do quão bom técnico a pessoa é. Á parte disso e voltando ao tema, mas mantendo a sequência, as pautas escritas pelo genial músico então surdo, não passam, mais uma vez de... pautas, deixou-as escritas para o mundo as poder ouvir, deixou o projecto no papel para alguém o construir de modo a muitos outros o poderem experimentar e desta maneira validarem todo o processo ao dizerem "Bela música!".

Respeito a tua opinião Nuno, no entanto não acho que fosse preciso essa musica ser ouvida para ser validada. Entendes a arquitectura como algo mais fisico, mais palpável, assim como a musica, o que se vê, o que se toca, o que se ouve, eu vejo-a mais como processo em si, do que o resultado final e pálpável.
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mudando de tema... vou a Amsterdão para a semana, aconselham-me algo?


Uma visita ao Borneo é indispensável...
Tenta adquirir um mapa de Arquitectura de Amsterdam (à venda no ARCAM ou no NAI)... e em alguns minutos reflete sobre o que te interessa mais...a lista é extensa e bastante variada...

Aconselho.te a ficares em algumas praças durante alguns minutos...a observar, a desenhar...verás a mobilidade e a volatilidade do espaço...

Aproveita para dar uma vista de olhos nestes sites:

http://www.archex.info/english/netherlands/amsterdam_architecture.html
http://www.amsterdamarchitecture.nl/
http://www.arcam.nl/aad/images/kaart_nl.lasso?-token.item_id=&language=nl&cat=goto&-token.route=&-token.ref=detail&fromdetail=
http://www.amsterdam.nl/

Abraços
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Sergio, concordo. Estão a formar-se paletes de starchitects, quando no fundo existe muita coisa para recuperar e existe uma abordagem específica para esses projectos, a qual não é ensinada nas universidades, penso eu. E é uma lacuna tremenda. Só posso falar por mim, que tirei o curso na Lusíada de Lisboa, mas creio ser um problema geral.

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mudando de tema... vou a Amsterdão para a semana, aconselham-me algo?



Aconselho-te sim Nuno, passa por uns cofee shops, fuma umas ganzas, vai todas as noites ao red district....e se tiveres tempo, dá uma voltinha de barco pelos canais, que ajudam bastante a ter uma perspectiva do que é amsterdão, já agora passa no Nemo e dá a tua opunião. Se ainda sobrar tempo, dá um salto a Roterdão, não fica longe.
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Outra sugestão, afasta-te do centro de amsterdam para veres como é que as pessoas vivem em amsterdam e não os turistas ;) Vale a pena passar na zona do Van Gogh Museum onde tem aquela praça/jardim enorme. Já para não falar no Borneo e outras coisas interessantes que se encontram por acaso numa passagem desinibida pelo centro historico da cidade. Da ultima vez que lá estive entrei num convento de freiras basntante interessante, com casas das mais antigas da cidade e que a entrada é feita por uma pequena porta quase imperceptivel que dá acesso a um claustro magnifico

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excelente tema sergio, pena é que daqui a bocado alguem nos vai dizer que esse tema não pode ser tratado aqui e nos reenviam para outro topic,se bem que continuo a dizer que a arquitectura tem destas coisas, continuidade infinita de temas a tratar começados numa análise a um simples edifício uma ressalva, percebi o que querias dizer, no entanto eu não usaria o termo pós moderno assim em vão, sobre possiveis mas intrepertações..... quanto ao tema, sim, não está a ser dada qualquer importancia ao tema de recuperação do património edificado nas faculdades,pelo menos nas que eu conheço na minha há um mestrado com o mesmo nome, mas acredito que seria muito mais útil ao arquitecto que lhe fossem fornecidas uma luzes ao longo da sua licenciatura se bem que acredito que seja um tema demasiado, chamo-lhe dificl, para ser ensinadas meras "luzes" na faculdade e creio que um mestrado sobre o tema dará o ensinamentos basicos necessários ao arquitecto. é também um tema que muito me interessa, e creio que,como dizes,(pelas minhas palavras) será grande parte da obra dos futuros (e actuais) arquitectos, basta as entidades governadoras assim o "deixarem" se este tema evoluir darei mais opnioes........

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Uma coisa que achei interessante no centro de amsterdão é o pórtico que existe em quase todas as habitações que serve para transportar as coisas para o interior das habitações, através de um guindaste, uma vez que as portas não serão muito largas, interessante também que a própria organização da habitação passa em muito por essa premissa. Outro dado que achei interessante de ver, é a questão da noção de privacidade, completamente distinta da nossa, verifica quantas habitações possuem cortinas nos vãos?

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Obrigado Sérgio, já tinha pensado em ir a Roterdão e aos coffee shops também (talvez fique com uma noção menos palpável da arquitectura e volto aqui ao fórum a concordar contigo a 100%...) , confesso que me tinha esquecido do óbvio, o passeio de barco pelos canais. E agora, admitindo sem complexos a minha possível bacoquice pergunto: que diabo é o Nemo? P.S. - Também respeito todas as opiniões quando defendidas logicamente, o que foi o caso da tua.:icon14:

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nuno o Nemo é um edificio que está ao lado deste centro da arquitectura. A questão da privacidade é interessante de se observar, mas acontece por toda a holanda e regra geral nos países do norte da europa. Lembro-me estar a caminhar por Rotterdam e num cruzamento olhar por uma vitrine no R/C e era a sala de estar de uma casa onde estavam duas pessoas a ver televisao. é uma visão um pouco estranha para nós

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Nota-se imenso é à noite, quer se esteja a andar de comboio, quer seja de metro, vê-se o interior das habitações, sem qualquer tipo de complexos, nós aqui é que temos a mania da cortina e do muro alto em jeito de castelo, que é para o vizinho do lado não ver... enfim, são questões culturais, mas que a arquitectura pode gradualmente alterar.

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epa epa, estou a ver que vou ter de imprimir esta sequência toda e levar as vossas sugestões comigo... Quanto á questão da privacidade ás vezes nem tem tanto a ver com pudor, mas sim com segurança, geralmente quando alguém tem uma casa com um murete de 40 cm á volta sabe que qualquer labrego vai atirar latas e cigarros para o quintal, não existe uma cultura de respeito pelo espaço privado, por isso é que também depois não existe consideração pelo espaço público. Mas, sim, concordo também que a questão anda muito á volta do medo de "alguem me ver nú".

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