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Habitação Social - paradigmas do bem estar social


asimplemind

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Contradizes-te um pouco... Se ricos e pobres usam as mesmas estruturas, partilham o sistema de educação e espaços culturais, obviamente que se misturam socialmente, mesmo que não vivam na mesma zona. O problema aqui não acho que seja entre ricos e pobres, estamos a simplificar demais. A questão é que os bairros são socialmente afastados do resto da cidade, mesmo que se enquadrem na malha urbana. A única solução na minha opinião é acabar com estes novos ghetos e integrar os residentes em toda a cidade. Não se vai acabar com o crime, claro. Não podemos ser inocentes ao ponto de acreditar nisso. Mas é um passo no sentido de acabar com a distância que se sente nesses espaços a nível de convívio e acesso a infraestruturas públicas como disseste.

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quando mencionei a mixtura de ricos e pobres estava a referir-me a um comentario anterior sobre um sistema implementado na suica em que os construtores sedem uma percentagem dos apartamentos ao estado e este utiliza-os para habitacao social. Nao creio que isso seja uma solucao adequada, nao estou a ver um edificio habitacional em que os residentes sejam de classe media/alta terem de o partilhar com por exemplo duas familias ciganas, acho que levantaria alguns conflitos, mas posso tar enganado. Quanto a mistura social dos espacos urbanos, isso sim tem que ser acessivel a todos. Um bom exemplo e o bairro de alvalade, quando foi construido a parte norte da avenidade da igraja era para familias de rendimentos superiores as que viviam mais perto do campo grande mas as escolas, o cinemas, o mercado eram partilhados por todos os residentes do bairro, nao havia nenhum tipo de exclusao urbana.

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  • 2 weeks later...

Sei que isto e um "old thread", mas nao podia deixar de deixar a minha opiniao. Parece-me que o grande problema da habitacao social nao e a arquitectua, mas sim a gestao da mesma. Enquanto a maioria da habitacao social de a 40 anos era para empregados do estado a habitacao social de hoje serve na sua maioria para alojar grupos sociais de risco. a verdade e que estes problema nao parecem acontecer da mesma forma quando se trata de habitacao a precos reduzidos, mas sim essencialmente com situacoes onde a habitacao nao pertence aos habitantes, e quando o grande numero de estruturas de apoio falta aos lugares. Ok, podemos tirar uma familia das barracas, mas se os miudos continuarem a ficar sozinhos em casa, a subir 8 pisos a pe porque o elevador esta avariado, se o local onde os miudos brincam e um descampado cheio de lixo, os transportes publicos sao inexistentes, e os espacos verdes foram convertidos em campos de terra batida, nada vai mudar por muito bom que seja o trabalho do Arquitecto.

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Sei que isto e um "old thread", mas nao podia deixar de deixar a minha opiniao. Parece-me que o grande problema da habitacao social nao e a arquitectua, mas sim a gestao da mesma. Enquanto a maioria da habitacao social de a 40 anos era para empregados do estado a habitacao social de hoje serve na sua maioria para alojar grupos sociais de risco. a verdade e que estes problema nao parecem acontecer da mesma forma quando se trata de habitacao a precos reduzidos, mas sim essencialmente com situacoes onde a habitacao nao pertence aos habitantes, e quando o grande numero de estruturas de apoio falta aos lugares. Ok, podemos tirar uma familia das barracas, mas se os miudos continuarem a ficar sozinhos em casa, a subir 8 pisos a pe porque o elevador esta avariado, se o local onde os miudos brincam e um descampado cheio de lixo, os transportes publicos sao inexistentes, e os espacos verdes foram convertidos em campos de terra batida, nada vai mudar por muito bom que seja o trabalho do Arquitecto.

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acho que este será o tópico mais interessante de todos que vi no fórum, e acho que este será o caminho, apesar de um pouco mais afastado do show off (arquitectura do espetaculo) que todos os recentes arquitectos formados procuram... acho que o agravamento da crise económica ( ou especulação, com o tempo confirmar-se-á) vai ~levar a arquitectura para um outro caminho que nao contemplará somente grandes empreendimentos para classes sociais mais abastadas...(paradigma, grandes empreendimentos para classes abastadas...pequenos para pouco abastadas?) acho que esse discurso de pequeno e grande ser reflecte hj muito na arquitectura do capitalismo... na minha opinião, e já que vivemos numa sociedade capital de direito, terá alguma razao de ser e funciona assim, e assim funcionará...agora para mim no que a arquitectura entra será, não só fazer grande ~para os grandes mas o melhor possivel tambem para os pequenos... e cinamina, é uma questao interessante que colocaste, da hipotese de auto exclusao e gettização, dará algo que pensar, mas como já foi estudado, nao verás exemplos de má habitaçao social em bairros integrados correctamente na malha urbana, e quando digo correctamente, será uma integração homogénea, porque a cidade continua a ser de todos e para todos...por isso a nao ser que me dês exemplos de ghetização nestes espaços acho que será um pouco especulativo a tua opinião, mas aceito como sendo válida... agora o que destes 3 projectos e dos 60 anos que nos separam deles, a lição que já deveria ter sido tirada e o que salta á vista, é a baixa densidade dos 3, e apesar de confessar nao conhecer a localização atrevo me a dizer que estao bem integrados numa malha urbana que impede a segregação social...mas 60 anos nao foi suficiente para se aprender, por isso temos o aleixo que estaria condenado á nascença...e se tornou num ghetto, de drogas e de sobrevivencia dakela população...agora claro, depois do erro e do crescimento do seu valor imobiliário enquanto terreno, surge a preocupação social (aAHAHAHAHAH) em demolir em realojar as pessoas... e o que peço é que aos arquitectos deste fórum, que pensem um bocado mais social... e mark, axo que em braga tambem já se faz um pouco desse programa (nao tenho certezas), nao so na suiça, mas acho que a suiça e o patamar que atingiram na europa por si só já é suficiente para pensarmos que temos algo a aprender com eles e poderiamos seguir o seu exemplo se nao tivessemos presos nesta modernidade tardia de tacanhice...e é um pouco contraditório falarmos em mistura social mas rejeitarmos integração de étnias (o que soa um bocado racista) ou de pessoas menos abastadas no meio de outros, porque mistura como tu dizes axo que significa realmente mistura...

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acho que este será o tópico mais interessante de todos que vi no fórum, e acho que este será o caminho, apesar de um pouco mais afastado do show off (arquitectura do espetaculo) que todos os recentes arquitectos formados procuram... acho que o agravamento da crise económica ( ou especulação, com o tempo confirmar-se-á) vai ~levar a arquitectura para um outro caminho que nao contemplará somente grandes empreendimentos para classes sociais mais abastadas...(paradigma, grandes empreendimentos para classes abastadas...pequenos para pouco abastadas?) acho que esse discurso de pequeno e grande ser reflecte hj muito na arquitectura do capitalismo... na minha opinião, e já que vivemos numa sociedade capital de direito, terá alguma razao de ser e funciona assim, e assim funcionará...agora para mim no que a arquitectura entra será, não só fazer grande ~para os grandes mas o melhor possivel tambem para os pequenos... e cinamina, é uma questao interessante que colocaste, da hipotese de auto exclusao e gettização, dará algo que pensar, mas como já foi estudado, nao verás exemplos de má habitaçao social em bairros integrados correctamente na malha urbana, e quando digo correctamente, será uma integração homogénea, porque a cidade continua a ser de todos e para todos...por isso a nao ser que me dês exemplos de ghetização nestes espaços acho que será um pouco especulativo a tua opinião, mas aceito como sendo válida... agora o que destes 3 projectos e dos 60 anos que nos separam deles, a lição que já deveria ter sido tirada e o que salta á vista, é a baixa densidade dos 3, e apesar de confessar nao conhecer a localização atrevo me a dizer que estao bem integrados numa malha urbana que impede a segregação social...mas 60 anos nao foi suficiente para se aprender, por isso temos o aleixo que estaria condenado á nascença...e se tornou num ghetto, de drogas e de sobrevivencia dakela população...agora claro, depois do erro e do crescimento do seu valor imobiliário enquanto terreno, surge a preocupação social (aAHAHAHAHAH) em demolir em realojar as pessoas... e o que peço é que aos arquitectos deste fórum, que pensem um bocado mais social... e mark, axo que em braga tambem já se faz um pouco desse programa (nao tenho certezas), nao so na suiça, mas acho que a suiça e o patamar que atingiram na europa por si só já é suficiente para pensarmos que temos algo a aprender com eles e poderiamos seguir o seu exemplo se nao tivessemos presos nesta modernidade tardia de tacanhice...e é um pouco contraditório falarmos em mistura social mas rejeitarmos integração de étnias (o que soa um bocado racista) ou de pessoas menos abastadas no meio de outros, porque mistura como tu dizes axo que significa realmente mistura...

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O bairro do Aleixo não é uma aldeia dos macacos, pode-se afirmar que mais de 50% da população que habita este bairro é perfeitamente “normal”, tão normal como qualquer outra pessoa da cidade do Porto. Mas a parte degradada da população do bairro atingiu níveis de miséria tão baixos que os autênticos “miseráveis” se encontram sem qualquer dificuldade nas imediações das torres. Infelizmente são eles a parte mais espectacular do Bairro do Aleixo e que lhe fazem o “cartaz”. Portanto não é fácil uma solução “cirúrgica”, separando o podre do são, porque ninguém pode dizer onde começa um e acaba outro de tal maneira pessoas e problemas estão entrosados e imbricados. Foi isso que os assistentes sócias da câmara tentaram fazer na primeira fase. Mas como tudo em Portugal as boas intenções necessitam de tempo, e a política não o permite ou procura resultados imediatos, o fiasco do programa do Bairro do Aleixo cai por terra, e os “abutres” aparecem sempre nestas alturas. Por isso Ruce não é fácil, mas nós como cidadãos que elegemos estes políticos de m...... temos culpa porque nunca queremos estes problemas próximos de casa!
Not in my backyard (NIMBY)

P.S. – Os abutres obviamente são os promotores imobiliários que são os que financiam os dois maiores partidos, por isso na sessão da câmara o PSD e o PS votaram em conjunto!!!!
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temos culpa, mas também temos a responsabilidade nas nossas maos (sim, que um dia vamos ser nós o presente, já que agora somos o futuro de hoje) de mudar o rumo ( utópico lol ya) que a cidade leva com estes senhores do presente .. e isto passa pela formação de novos pensadores que ao contrário de hoje se destacam por lados politicos e levar um rumo de formação e de notabilidade pela dimensao e capacidade intelectual...e este rumo de hoje é o fruto de uma falta de respeito pela formação enquanto motor de desenvolvimento da sociedade que nos atrasou que se chamou Salazar...Se pensar mos no que era a educação em portugal e formação nos ultimos 100 anos, não nos será tao dificil entender estas atitudes...e hoje o valor que se dá á educação só irá ter frutos quando secalhar nenhum de nós aki estiver, e é para esse patamar que temos que trabalhar e desenvolver os nossos objectivos... é triste perceber que a mesma base que levava pretos a nao andarem de autocarro tenha hoje evoluido de uma forma socialmente aceitavél, de: ainda há dias um cigano roubou a lancheira ao meu filho na escola ( gato fedorento) por isso habitação social, sim senhor, mas sem misturas...e como hoje achamos idiota e racista a questao dos autocarros, daqui a 100 anos irá se pensar da mesma forma o quão racista fomos no que toca a habitação social no caso do porto por exemplo...e é também este o atraso que vivemos...e digo isto da forma mais natural da minha compreensão de sociedade, nao me kero armar em luther king da habitação social...mas estou perfeitamente convencido disso... mas sao naturais estas atitudes, porque enquanto lá fora se apostava em educação, aqui apostava-se na agricultura, logo é lógico que hoje façamos comentarios destes, e que lá fora se esteja mais proximo de resolver o problema...mas nem assim aprendemos com eles... isto tudo para chegar á conclusao que para além de nao termos a formação evolutiva ainda necessária que outros países tiveram no que toca á sensibilidade social e á habitação social na criação de uma cidade homogénea e menos racista, nao conseguimos seguir o exemplo, pois apesar desta compreensão não conseguiriamos seguir uma evolução que nao foi a nossa, era um salto temporal de evolução inadaptado á nossa evolução intelectual... mas há outro factor, é que secalhar, até já se deu passos, já se encontraram formulas e se construiram muitos bons exemplos de habitação social em portugal...mas hoje sao ignorados á luz de outros factores que nós sabemos quais são, e sabemos entao o que teremos que mudar..porque eu acho que na produção e teoria arquitectonica portuguesa, se fosse necessário haveria belos arquitectos que conseguiriam construir bem cidade, só que estão tapados por algo que os transcende... por exemplo eu acho que para ali para o aleixo, da forma mais democrática poderia ser aberto um concurso completamente livre...ou seja nao seria obrigatório o projecto passar por apartamentos de luxo ou habitação social....mas um concurso que passa-se por uma liberdade total de apresentação de ideias e projectos, variados...e depois sim, de entre todas as propostas, a camara com a elaboração de uma equipa de juris iria avaliar a par da necessidade da cidade e da consistencia e qualidade das propostas, decidir o que viria a nascer ali no aleixo, se era habitação social, se era habitação de luxo, espaço publico etc....isso é que era democracia...(nao deixa de ser utópico, mas era um bocadinho mais democrático do que o Quero posso e mando, porque daki a um ano alguém me vai ter que pagar a campanha)

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Ruce, peco desculpa se o meu comentario lhe pareceu racista, n foi de modo algum a minha intencao. Acho que a mistura social tem de acontecer, especialmente a um nivel urbano, mas penso tb que a integracao de etnias vai levantar mais problemas para alem da habitacao por si so, devido ao choque entre culturas, mas tb penso que isso nao se resolve separando as populacoes devido as suas diferencas culturais. A habitacao social em Portugal teve o objectivo de limpar as grandes cidades dos bairros de barracas e produzir uma habitacao barata e de rapida construcao para os desalujados. Continuou na sua maioria a isolar aquelas populacoes e nunca teve preocupacoes de as integrar na cidade e tb culturalmente. Para resolver o problema da habitacao social (termo que me desagrada profundamente pois vivi varios anos em bairros tidos como socias, mais vale chamar as coisas pelo nome sao habitacoes para pobres) tem que se reflectir sobre todos estes aspectos, e nao sao so as politicas q os vao resolver. "If an architect can change or subvert things outside of architecture with an act of architecture, it is not only their right, but their duty to do so." Esta frase e tirada do manifesto do Studio 3am (ao qual pertenco) somos um grupo de arquitectos participamos e promovemos iniciativas que foquem nos aspectos politico/sociais da arquitectura, acreditamos q a arquitectura e uma arma, e q deve ser uma arma para "empowerment" (falta-me o portugues) e nao de repressao. (Se te interressar podes ver o manifesto completo num topico que abri na seccao conversas de arquitectura.) O bairro tem de estar inserido na cidade, fazer parte dela, permitir que a sua populacao viva a cidade do mesmo modo que todos os outros habitantes. O projecto tem que ter consideracoes etnicas e culturais, permitir que as populacoes possam continuar a viver a sua cultura e mesmo integra-la nas culturas do local. Tem de haver tb uma nocao de propriedade das pessoas que habitam estas casas. Visitei em Boston (local onde vivo) dois projectos "sociais" de planta identica, num, o terreno adjacente as casas era publico, todos tinham acesso e utilizavam-nos para se encontrarem e passarem la o tempo, no outro o mesmo terreno era dividido e dado a cada uma das casas para os residentes utilizarem. No primeiro o chao de terra batida nada cresce, uma poeira enorme onde grupos de jovens se juntao de noite. No segundo cada parcela estava cuidada com flores ou outro tipo de cultivo que cada residente tomava conta e nao havia nem o problema da poeira nem da congregacao de grupos no local. Tudo porque as pessoas que ali viviam tinham uma nocao de propriedade daquele espaco e quiseram tomar conta dele por elas proprias. Acho que nos, os arquitectos, temos de pensar nestes pequenos promenores que vao fazer toda a diferenca na vida das pessoas. Parabens a quem promoveu este topico, este tipo de debate faz toda a falta. Precisamos e de por as boas ideias daqui em practica.

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o segundo cada parcela estava cuidada com flores ou outro tipo de cultivo que cada residente tomava conta e nao havia nem o problema da poeira nem da congregacao de grupos no local. Tudo porque as pessoas que ali viviam tinham uma nocao de propriedade daquele espaco e quiseram tomar conta dele por elas proprias.


Parece que este se torna um dos pontos essenciais, o sentido de posse e privacidade, que se fromos a ver uma das principais razoes que leva as pessoas a procurar uma casa.
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No outro dia passei num bairro social onde transformaram piso mole em quintal para plantar umas couves !

"O bairro tem de estar inserido na cidade, fazer parte dela, permitir que a sua populacao viva a cidade do mesmo modo que todos os outros habitantes. O projecto tem que ter consideracoes etnicas e culturais, permitir que as populacoes possam continuar a viver a sua cultura e mesmo integra-la nas culturas do local."

Que belo poema ...


Vamos lá interpretar-lo:

- Bairro tem que estar numa cidade ?

Não pode ser uma vila ? Ou mesmo aldeia ?

- Fazer parte dela e permitir que a sua população viva a cidade do mesmo modo que todos os outros habitantes?

Juro que não entendo o que quiseste dizer com isto !

- O projecto tem que ter considerações étnicas e culturais ?

Isso já não é habitação social, já é um condomínio de luxo !

Dou-te um exemplo : eu tive que deixar de tocar bateria no meu prédio porque incomodava os vizinhos ...

Logo, numa habitação social eu teria direito a um estúdio totalmente isolado para eu poder fazer "barulho" à vontade só para exercer a minha culturalidade ?

Bem, penso que muita gente continua a não querer ver a realidade .
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- Bairro tem que estar numa cidade ?

Não pode ser uma vila ? Ou mesmo aldeia ?


nao

- Fazer parte dela e permitir que a sua população viva a cidade do mesmo modo que todos os outros habitantes?

Juro que não entendo o que quiseste dizer com isto !


Significa que nao deve de ser posta a margem, num local ermo longe dos servicos de um de um CBD ou SBD, e transportes.

Dou-te um exemplo : eu tive que deixar de tocar bateria no meu prédio porque incomodava os vizinhos ...

Logo, numa habitação social eu teria direito a um estúdio totalmente isolado para eu poder fazer "barulho" à vontade só para exercer a minha culturalidade ?


Tenho muita pena da tua falta de compeensao sobre o este significado de culturalidade.
muito infeliz esta observacao.
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nao



Significa que nao deve de ser posta a margem, num local ermo longe dos servicos de um de um CBD ou SBD, e transportes.



Tenho muita pena da tua falta de compeensao sobre o este significado de culturalidade.
muito infeliz esta observacao.



Eu é que tenho pena de tamanha ilusão ...

CBD ? SBD ? - Traduz !

Não pode ser uma vila ou aldeia ou não ?

Amigo, entendo muito bem o que queres dizer com essa questão cultural !
Mas só se aplica quando um arquitecto projecta algo num país estrangeiro !

Agora o que querem para habitação social está ao nivel dos melhores condominios de luxo:

- A melhor localização.
- Todos os serviços pertinhos.
- Espaços interiores/exteriores ludicos.

Mas só tem um problema ... rendas baixas.

E aqueles que trabalham e têm que pedir empréstimo ao banco e passam a vida toda a trabalhar para a casa têm que ir viver para os subúrbios.

TRABALHO !!! É a chave do problema social !! Não são as casas !!
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RL, concordo contigo pah...ainda há dias estava numa pastelaria muito chique ali na foz, á espera de ser atendido para lanchar, e um preto passou me á frente e comeu o ultimo bolo de arroz que havia..para já perguntei me logo o que é que fazia um preto na foz..fiquei danado, perguntei lhe logo se nao havia pastelarias nos arredores da cidade, para onde ele foi arrumado, que com muita razao dizes...os pobres é arrumar com eles...eu ajudava-te a escolher a ilha para os mandar, mas também precisamos de caixas quando vamos comprar vitela ao continente, ah mas afinal também precisamos de mao de obra barata para vestirmos fatos de 1000 euros e vê lá que que relacionado com a arquitectura também precisamos de "trolhas" pa nos fazerem as obras, que chatice, afinal precisamos deles...secalhar é melhor deixá los cá... mas nao chegando mandei uma carta ao presidente da autarquia para diminuir o numero de transportes publicos de lá para a minha cidade... secalhar a solução como tu dizes passa por eles arranjarem em vez de um emprego como caixa, também trabalhassem nas obras quando saiem do continente e nos tempos livres fossem para a confecção...já que alimentar os filhos pobres, tentar dar lhes educação e pagarem uma casa com 3 salários minimos era muito mais facil e aí o estado já se podia descartar...nao é que o rui rio já nao se descarte.. agora chega de ignorancia... RL MARGINALIDADE NAO É IGUAL A POBREZA SEU IMBECIL...HÁ POBRES QUE TRABALHARAM O DOBRO DO QUE TU NA VIDA E MESMO ASSIM SEM HABITAÇÃO SOCIAL NAO TERIAM UM TECTO PA MORAR...SE TODOS PAGAMOS IMPOSTOS, ESTES SERVEM PARA O ESTADO AO SERVIR DE REGULADOR, DAR DIGNIDADE E CONDIÇOES DE VIDA ÁS PESSOAS BEM COMO UMA MELHOR E MAIS JUSTA DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA...E NAO SERVEM PARA UM IDIOTA DE UM RIQUINHO TER ISOLAMENTO ACUSTICO PATROCINADO PELO ESTADO PARA PODER TOCAR BATERIA.. E A ARQUITECTURA ENTRA COMO UMA DAS FERRAMENTAS AO DISPOR DA SOCIEDADE E DO ESTADO PARA CONSEGUIR ESTE OBJECTIVO.. AGORA O QUE É QUE TU DEFENDES?DEIXA ME ADIVINHAR? -PIOR LOCALIZAÇÃO -SERVIÇOS LONGES SEM TRANSPORTES DE PREFERENCIA -E ESPAÇOS MORTOS? PAH VAI LER UM BOCADINHO ANTES DE VIRES PARA AQUI FALAR ASNEIRAS... quando souberes o que é a impotencia de trabalhares das 9 ás 7 e mesmo assim nao conseguires dar o que queres ao teu filho (educação, alimentação, boa roupa) , e leres comentarios ignorantes como o teu...vem aqui e pensa melhor no que dizes.

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Agora com pessoas que interessa...Mark percebi mal entao peço desculpa...é claro que admito que com atrasados como o RL vai haver sempre um choque étnico que referes...é claro que tou interessado em ler o vosso manifesto.. e acho que a frase que transcreveste é brilhante..e resume bem o que deverá ser o papél de um arquitecto e a responsabilidade social... é pena e deixa me triste ler frases contrárias, num sitio que tem e dou valor aos administradores, por prncipio instruir jovens em estudo...e promover a discussão para a evolução da arquitectura...e só em nota nao em critica...posts sem o minimo conteudo relacionado com arquitectura...que so falam de racismo étnico e social...nao deveriam ser permitidos...pelo menos se escrevê sem certas coisas que vi aqui serem escritas, na minha escola levavam uma bofatada...e bem lol

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Ruce vê lá se te acalmas !

Se não sabes ter uma conversa civilizada acho que estás no sitio errado !

Não estas a falar com os teus amigos da pastelaria na Foz !

----------------------------------------------------------------------------------------------

Eu não quero mais bairros sociais e não quero o salário mínimo no contexto que ele tem !

Por isso é que pus em causa as teorias de localização do dito bairro social !

Todas essas políticas sociais dos "coitadinhos" no longo prazo só segrega as pessoas e cria os tais guetos e não é por estarem melhor localizados que eles não vão existir ! O que é preciso é diluir as pessoas nas cidades e não criar "Zonning"!

Mas aos "Srs. da Foz" convém continuar a tratar as pessoas como coitadinhos, para que eles continuem segregados e com salários baixos e depois vêm para a net com uma retórica e agressividade enorme.

Desculpa mas a mim já não me comove este tipo de gente, filantropos, humanistas e etc.

--------------------------------------------------------------------------------------------

Agora um caso pratico :

Uma pessoa de um bairro social vai a uma entrevista de emprego e leva o CV.

A pessoa dos recursos humanos lê o CV e vê :


Bairro Das Andorinhas, Bloco E, 2º Dirt.


Chega a parte que mais interessa na entrevista e diz:

Sr. Roberto, temos 426,5€ para lhe oferecer!




Isto a mim é o que interessa !
----------------------------------------------------------------------------------------------

Agora cidades bem organizadas, politicas de transportes, equipamentos etc são outro assunto que se pode debater num outro tópico!
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Ruce vê lá se te acalmas !

Se não sabes ter uma conversa civilizada acho que estás no sitio errado !

Não estas a falar com os teus amigos da pastelaria na Foz !

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Eu não quero mais bairros sociais e não quero o salário mínimo no contexto que ele tem !

Por isso é que pus em causa as teorias de localização do dito bairro social !

Todas essas políticas sociais dos "coitadinhos" no longo prazo só segrega as pessoas e cria os tais guetos e não é por estarem melhor localizados que eles não vão existir ! O que é preciso é diluir as pessoas nas cidades e não criar "Zonning"!

Mas aos "Srs. da Foz" convém continuar a tratar as pessoas como coitadinhos, para que eles continuem segregados e com salários baixos e depois vêm para a net com uma retórica e agressividade enorme.

Desculpa mas a mim já não me comove este tipo de gente, filantropos, humanistas e etc.

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Agora um caso pratico :

Uma pessoa de um bairro social vai a uma entrevista de emprego e leva o CV.

A pessoa dos recursos humanos lê o CV e vê :


Bairro Das Andorinhas, Bloco E, 2º Dirt.


Chega a parte que mais interessa na entrevista e diz:

Sr. Roberto, temos 426,5€ para lhe oferecer!




Isto a mim é o que interessa !
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Agora cidades bem organizadas, politicas de transportes, equipamentos etc são outro assunto que se pode debater num outro tópico!


é tao esperto que nem viu o reflexo do seu pensamento na anedota que lhe contei da foz...e sim consigo ter conversas civilizadas, com pessoas que considero arquitectos ou estudantes ou bem formados em geral...mas nesses topicos nunca o vi lá..ou se vi foi com comentários nesta onda de racismo social...

o que está a sugerir será, que estas pessoas recebem salários minimos por viverem em bairros, e é por isso que sao pobres e os considera um atraso da sociedade, deverão ser movidas para terrenos de acordo com o valor do seu salário?ou será que vivem em bairros sociais por nao ganharem mais de 426,5€ como o senhor roberto?ou será que o valor de um salário é que será o passe para um bom ou mau bem estar social?"Muito bem, senhor Roberto ganha 426.25€ por mes?ah entao temos um espectacularbairro social na zona industrial da covilhã com vista para a estrebaria local...ou entao "SEnhor doutor ganha 3700€ por mês...ahh entao vou lhe passar uma guia para um T3 na foz" entao no aleixo deveriam ganhar todos para cima de 3000€ por mês, mas como nao ganham o que é que tao la a fazer?andam ao salário minimo e mal que se arrumem...nesta lógica n é?tanta contradição, que é de fugir...a ideia pré concebida que ainda nao a percebe muito bem, é o primeiro pré conceito errado, o seu pensamento é tao claro como a água...Á foz é dos senhorinhos e das tias...logo um pobre é da Cova da Moura...

um bocado ao estilo do appartheid...o passeio é para os brancos...

agora se nao sabe informe-se, mas como tou de férias explico lhe...a base da escolha de agregados familiares para habitação social parte duma premissa que é os ganhos que têm...e nao a escolha dos ordenados parte, do sitio onde vivem...é um facto...informe se...

È..É por estarem melhor localizados que se pode prevenir a criação de um guetto...e Não, Não é ao separamos ricos para bons terrenos pobres para maus que se impede os guettos, e mais é esse exactamente um dos factores de guetização..é a frase mais absurda que vi neste fórum desde sempre...Leia um bocado, Rio Fernandes, Henry Le Fevre, informe se antes de dar opiniões que pela saude da arquitectura devia era ser ja apagada...


politicas sociais dos coitadinhos?mais uma vez...leia, leia um bocado sr arquitecto... que vai ver que secalhar ao contrário do que pensa, ao melhorar mos a integração de bairros no tecido urbano em terrenos que acha demasiado bons pa pobres, será por si só um factor de integração destes na sociedade e um motor evolutivo para aí sim o senhor roberto, habitante de um bairro social poder dizer que mora na foz e como dizes, que eu acho altamente contraditório, poder ganhar 3500 euros a empregado de um tasco onde se passa mais droga que se vende cafés...

e nao são teorias da localização de bairros sociais, chama-se Arquitectura... e na arquitectura, o local é mais um dos factores a ter em conta de um todo, nao uma análise solta...

agora vamos ao que interessa? o que se está aqui a discutir desde inicio e este será o tópico correcto nao outro, é o paradigma do bem estar social?acha fora do contexto o bem estar social no planeamento da cidade?

pobres = periferia?

gostava de ver um pobre a comprar um apartamento na maia...irem para vilas?muito bem, é dar lhes 30 m2de terra como o senhor Salazar fazia, para plantarem couves e fazerem a sopa, já que lá nao têm recurso a serviços, e assim temos uma cidade limpa...


"Eu nao quero mais bairros sociais" mas nao és o senhor arquitecto que tem que querer, porque nao é o senhor que precisa deles...e a partir deste ponto é muito fácil querer empurrá los para fora da cidade ou separá los de zonas com mais valor imobiliário, mas dizer "Vamos impedir o zonning e a guetização" mas vamos dar todos os paços para que isto aconteça...porque eu até falo de zoning e guettização mas nao sei bem o que sao, nem como se formam, nem como impedir, se nao nao se contradizia tanto em tao poucas linhas...
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:D Obrigado Ruce Este topico tava a ser demasiado bom, ja ca fazia falta o chico esperto! Quanto ao senhor RL, Confesso que quando li o seu comentario fiquei um pouco revoltado, mas depois de o ler outra vez para confirmar se de facto estava a ver bem, apenas sinto tristeza. Eu cresci em bairros, sei bem o q la se passa e de como se vive. Sai de la pelo meu proprio punho, como voce disse, e talvez seja o unico ponto em q estejamos de acordo, o trabalho foi a chave do problema. Trabalei muito para me formar, nunca pedi subsidios mesmo sabendo q tinha direito a eles, sempre achei q faziam mais falta a outra pessoa e assim tb me sabe melhor saber que o q alcancei foi por mim. os problemas socias resolvem-se dando as pessoas oportunidades para eles proprias, nao dando subsidios e enfia-las num buraco, isso sim sao politicas do coitadinho. Antes de dar as suas opinioes, de quem tudo sabe, deveria reflectir um pouco na sua realidade e na realidade dos outros. Por ventura, voce sabe o q e uma mae ter de encher o carro de coisas e ir vender porta a porta porque naquele dia nao tinha dinheiro pra comprar um pedaco de carne pro jantar? Ou os seus pais naquele dia nao jantarem porque so havia que chegasse para os filhos? eu sei o q isso e. Este topico estava centrado na discussao de ideias de como resolver estes problemas, e resolve-los para todos, para a sociedade em geral e nao apenas pros desgrasadinhos q tem de viver em tais bairros. Eu tenho todo o gosto em discutir ideias especialmente aquelas que que me contradizem ou que levantam outras prespectivas sobre o assunto de um modo construtivo. Voce acha q a sua intervencao foi de algum modo construtivo? Espero que este topico continue no nivel em que se iniciou pois o assunto merece-o. nao se trata de politica, trata-se da vida das pessoas (por muito pouco valor isso possa ter hoje em dia). e nos como arquitectos, e aspirantes a tal, nao tratamos so de paredes, de edificios ou casas, aquilo que nos criamos reflecte essencialmente na vida das pessoas e no seu bem estar.

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Por favor,
corrija-me se tiver enganado, ou nao foi voce que reduziu os problemas etnicos e culturais destes bairros a voce poder ou nao tocar bateria no seu condominio? Comentou uma frase minha num tom no minimo sarcastico dizendo que era poesia, e de seguida acusa as pessoas deste forum de nao querer ver a realidade?!

nas suas palavras: "Agora cidades bem organizadas, politicas de transportes, equipamentos etc são outro assunto que se pode debater num outro tópico!"

Num outro topico?
Ja parou para pensar que talvez o isolamento destes bairros de deve a mas practicas de urbanismo, mas politicas de transporte e nao so, a educacao por exemplo?

Os seus comentarios tem sido no minimo pouco reflectidos, se ta a ser mal interpretado talvez tenha de se explicar melhor.

Sei que ha muita gente que se aproveita dos subsidios, que vem reenvidicar melhores condicoes sem que no minimo se esforcem com trabalho para as ter, e que acham q o estado deve dar tudo de boa fe. Como ja disse sou contra tais subsidios, so criam dependencia e nao ajudam as pessoas a quererem vingar por elas proprias.

Mas sao so os pobres q se aproveitam? Quanto foi gasto em subsidios e em habitacao social e quanto foi a fuga ao fisco ou as dividas de grande empresas e clubes de futebole?
Nem todas as empresas fogem ao fisco, nem todos os pobres se aproveitam dos subsidios.

Somos o pais com mais desigualdades na europa, perto de 20% da populacao nao come carne nem peixe, porque nao pode! nao tem dinheiro para o comprar! Nao me diga q e a manda-los trabalhar ou mesmo aumentando o ordenado minimo que isto se resolve, acho q o problema infelizmente e bem mais grave.

Por favor comente este assunto, contribua com as suas ideias, eu e muita gente deste forum tem todo o gosto em ler e reflectir de um modo construtivo nas suas sugestoes.
Perdeu-se uma pagina inteira nesta querela sem sentido de ataque e resposta (de ambas as partes) e sinceramente nao contribuiu com nada para o debate deste assunto.
Gostaria muito de saber como e que sugere melhorar esta situacao, como arquitecto o que mudaria se fosse atribuido um projecto deste genero, e tente aceitar o que os outros com as suas experiencias tb sugerem, talvez mude de opiniao ou melhor ainda talvez consiga mudar a opiniao dos outros.

Acho que as elacoes destes topicos podem servir para mudarmos o rumo das coisas no nosso pais, nao podemos andar a espera dos politicos, esses sim andam ocupados com querelas estupidas que nao levam a lado nenhum.

Talvez os meus comentarios sejam irrealistas, utopicos mesmo, talvez seja por ainda ser jovem e achar que pouco a pouco se consiga mudar o mundo, talvez quando for velho pense de maneira diferente, so espero que haja sempre lugar para jovens inconformados espressarem as suas utopias.

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