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Qual o material mais ecológico e económico? E para pré-fabricados ?


lilyne

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  • 2 months later...

Viva caros amigos, não se esqueçam do pormenor da inércia termica, que no caso de uma construção em estrutura leve, seja em madeira ou LSF, ser de facto fraca, o que quer dizer se não houver um input de energia para climatização nada vale o facto de ter um coeficiente de condutibildade térmica baixo (suposto nível de isolamento térmico excelente). Basta usarmos o nosso bom senso, porque é que a pedra, terra, agua são optimos isolantes e reguladores térmicos, é pela sua condutibilidade ou resistência térmica? não, é pela sua massa e inércia ou seja a capacidade de armanezar e libertar diferindo no tempo a energia absorvida.

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Tem razão, sinceramente, nunca percebi, a razão de não tratarmos a Água, Pedra e Areia como materiais isolantes.

Basta usarmos o nosso bom senso, porque é que a pedra, terra, agua são optimos isolantes (...)


A indústria dos isolamentos ainda não percebeu, que a Água, a Pedra e Areia (não ligando as questões práticas), são o futuro... andamos todos a ser enganados, principalmente nas Universidades.

É difícil não ficar louco neste País.
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Tem razão, sinceramente, nunca percebi, a razão de não tratarmos a Água, Pedra e Areia como materiais isolantes.


Não tratamos a água, nem os materiais pétreos como isolantes porque estes materiais não são isolantes. A classificação dum material em isolante ou não isolante depende de apresentar uma baixa ou alta condutibilidade térmica, respectivamente, cujo valor está regulamentado no RCCTE.
As pedras e a água têm condutibilidades térmicas muito superiores a esse valor.

Agora que a água e as pedras podem ser reguladores térmicos, isso podem. Os materiais não têm inércia térmica - têm capacidade calorífica, o que é diferente; os edifícios é que podem apresentar inércia térmica forte, média e leve (e em França ainda a classificam em "Muito leve"). Se os edifícios apresentarem inércias térmicas fortes, os materiais que o constituem têm capacidade de armazenar calor e por isso podem funcionar como reguladores da temperatura interior; se a inércia térmica for fraca, os elementos construtivos não têm qualquer influência na regulação térmica do espaço, verificando-se facilmente sobreaquecimentos durante o dia e arrefecimentos bruscos assim que o Sol se põe.

Quando à história da "massa", há que ter muito cuidado com isso. É bom ter elementos pesados na construção, pois ter uma inércia térmica forte é um princípio correcto a aplicar na construção em Portugal. No entanto, a partir de certo valor a massa que se introduz não participa na regulação térmica. As paredes de Adobe ou Taipa, geralmente com 0.50 m de largo, têm uma grande massa mas apenas os primeiros 0.10 m da camada interior têm participação activa na regulação térmica do espaço num ciclo de 24 h. O excedente de massa pode mesmo levar a que a parede liberte o calor no período do dia de maior temperatura, quando a mesma não precisa, o que, reconheçamos, é uma grande desvantagem.

Quanto ao método inovador da Ecobuild, reconheço que as paredes e o sistema de construção são muito isolantes, não há dúvida. Agora isso por si só nãoé vantagem alguma. Este sistema confere pouca inércia térmica térmica ao edifício, o que o obriga a climatizar nas estações extremas com meios complementares de aquecimento e arrefecimento; por isso não é um sistema construtivo ecológico (muito menos sustentável), ao contrário do que o nome faz supor.
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caro colegas Todos os materiais tem coeficientes de condutibilidade termica e no limite podem ter a mesma resistência termica (capacidade de reter energia) variando só exclusivamente a sua espessura, ou seja para obter a mema resistência termica de 4 cm de XPS necessito de x metros de betão ou pedra. Quanto ao que está inscrito no RCCTE e demais publicações, quanto à capacidade máxima de regulação de temperatura pelo efeito da massa, com o devido respeito, só quem nunca mediu temperaturas deferidas é que acredita que o limite de conforto é por exemplo um alveraria de tijolo furado de 11cm, sem referir o desprezo absoluto dos regulamentos pelas condições higrotérmicas, de temperatura e ventos do local específico ( interior e exterior). eu prefiro a regulação de 50 cm de pedra ou adobe do que 10 cm... Orientação solar, exposição solar e a ventos dominantes, Arrefecimento por ventilação ou evaporativo, geotermia é tudo de graça... quanto ao resto do suposto movimento green...

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Já vi que chegou a uma brilhante conclusão:

Por que motivo temos que ter uma parede com substratos, cada um com a sua função, se podemos, ocupado mais espaço, roubando mais área útil, ter paredes de pedra com 50cm de igual resistência térmica e geralmente mais caras.

Aliás, porque razão teremos que desenhar em função da ventilação natural, se poderemos encarecer e resolver tudo o que são projectos e construção, com sistemas de climatização ridículos, que oneram os custos, que servem de emendas para projectos mal desenhados, na suposição de que, eu sou um gajo muito à frente e portanto, uso sempre um sistema de climatização.

Tudo isto faz lembrar, este tendência, de origem urbana (muito à frente também, como não poderia deixar de ser), de vamos pavimentar este País, e não haverá um m² de terra que possa respirar. Lisboa é também uma cidade exemplar...

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Caro arqui,

Perdoa-me a franqueza, mas falas do que não sabes:

Todos os materiais tem coeficientes de condutibilidade termica e no limite podem ter a mesma resistência termica (capacidade de reter energia) ..


Resistência térmica dum material não tem nada, mas mesmo nada, a ver com capacidade de reter energia;

Quanto ao que está inscrito no RCCTE e demais publicações, quanto à capacidade máxima de regulação de temperatura pelo efeito da massa...


O RCCTE não fala em "capacidade máxima de regulação de temperatura pelo efeito de massa" porque esse conceito não existe, nem faz qualquer sentido. A menos que eu esteja enganado, explica-me o que é que isso quer dizer, o que significa, quais as variáveis que nele intervêem, o que é que o condiciona e de que maneira se pode quantificar.

... com o devido respeito, só quem nunca mediu temperaturas deferidas ...


Explica-me lá o que são temperaturas diferidas (pressuponho que seja este o termo a que te referes) e, fundamentalmente, como é que as mediste e que instrumentos utilizaste?


... com o devido respeito, só quem nunca mediu temperaturas deferidas é que acredita que o limite de conforto é por exemplo um alveraria de tijolo furado de 11cm, ...


Outro conceito que não existe: o que é isso de "limite de conforto"? ... e o que é que o conforto tem a ver com alvenaria de tijolo de 11?
Na minha terra o conforto é variável de pessoa para pessoa, é variável consoante o sexo, variável consoante o clima, etc, etc. Houve várias tentativas de definir as situações de conforto (cartas bioclimáticas de Olgyay, método do PMV de Fanguer, diagrama psicrométrico de Givoni, conforto adapatativo da ASHRAE, etc, etc) em que entram diversos parâmetros, nem sempre coincidentes entre eles, nomeadamente temperatura do ar, temperatura exterior, temperatura das superfícies do local, humidade relativa, velocidade do ar, a resistência térmica das roupas, etc, etc. Nenhuma referência a alvenarias de tijolo.

O RCCTE preocupa-se em comparar gastos energéticos de edifícios e não estabelecer condições de conforto específicas. Determina, apenas, que no Inverno se toma um conforto fictício (de cálculo) assente numa temperatura termoestatizada de 20 ºC (e 25º no Verão, com HR <50%). As demais variáveis decorrentes do conforto são indiferentes para a contabilização de gastos energéticos - objectivo do regulamento - ou estão indirectamente abordadas:
a influência do vento tem-a em conta mediante a classificação do local(zona muito exposta, pouco exposta, próximo do mar, etc) e das classes da caixilharia e da taxa de renovação do ar.


eu prefiro a regulação de 50 cm de pedra ou adobe do que 10 cm...


Daqui resulta que não percebeste o que eu escrevi na minha mensagem anterior e eu também não o saberia explicar melhor sem recorrer a conceitos matemáticos cuja abordagem não é corrente nos cursos de arquitectura. Por isso, apenas posso tentar citar a ADENE quando, simplificadamente explicou aos perítos qualificados o porquê do RCCTE contabilizar apenas uma parte da massa das paredes (150 Kg/m2) no apuramento da inércia térmica:

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Já vi que chegou a uma brilhante conclusão:

Por que motivo temos que ter uma parede com substratos, cada um com a sua função, se podemos, ocupado mais espaço, roubando mais área útil, ter paredes de pedra com 50cm de igual resistência térmica e geralmente mais caras.

Aliás, porque razão teremos que desenhar em função da ventilação natural, se poderemos encarecer e resolver tudo o que são projectos e construção, com sistemas de climatização ridículos, que oneram os custos, que servem de emendas para projectos mal desenhados, na suposição de que, eu sou um gajo muito à frente e portanto, uso sempre um sistema de climatização.

Tudo isto faz lembrar, este tendência, de origem urbana (muito à frente também, como não poderia deixar de ser), de vamos pavimentar este País, e não haverá um m² de terra que possa respirar. Lisboa é também uma cidade exemplar...



Explica-me, por favor, se isto me é dirigido, pode ser? É que não me parece que haja ligação com o que escrevi na minha penúltima mensagem, por isso fiquei na dúvida a quem se dirige a ironia.
Obrigado, antecipadamente :p
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  • 2 months later...

Será que todos os colegas acreditam no que vos transmitem, como absoluto... Até mesmo para quem ajuda a escrever o RCCTE, tem a humildade de ver e não só olhar. Caro, nem todas as definições, sejam elas da: wikipédia, regulamentos, pseudocursos e demais demandas, podem incorporar toda a realidade.

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Voçê não sabe perder, acho que não é necessário fazer citações novamente.

Eu quando instruo um processo na CM, tenho que fazê-lo com o apoio de Leis, se elas estão correctas, se tem sentido ou se ainda não estão suficientemente polidas, de forma a reflectir a realidade, esta é uma questão menor para mim, não sou eu que as aprovo, não sinto a responsabilidade do erro.

A melhor coisa que as definições possuem, é que não são subjectivas, é sempre preferível ter um certo dado como adquirido, comum, dado como certo, do que por exemplo ir em; eu acho que; ouvi dizer; na minha opinião, através da minha experiência.

Espero que não existe 10.000 Engenheiros a interpretar o RCCTE, cada um à sua maneira... a ciência deles, de subjectiva não tem nada.

E já agora pergunto, a realidade roda em torno de si? Já que estamos a excluir Wikipedia, Regulamentos, Pseudocursos e demais demandas, como é que consegue ser uma pessoas tão esclarecida? Diga lá?

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Não, logo eu, que sou um perdedor nato...

Eu sou um daqueles tipos com que usa t-shirts do Bruce Lee, ostento badgets nas camisolas a dizer "Karate não é Violência","Eu amo Portugal" ou "Nascido em Torres Vedras", gordo, pequenino como um barril, sempre vestido de preto, botas inclusive e com uma corrente de meio metro pendurada a servir de porta chaves.

Como vê, confirmo, um perdedor nato.

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